sexta-feira, julho 20

The swinger

Ir à Feira da Ladra é sempre uma aventura. primeiro, porque é facto assente que uma ida à Feira da Ladra tem que ser iniciada cedo. Cedo. Oh palavra temível! Portanto já começa mal.

Depois vem a parte da paciência. Paciência para ir até lá. Paciência para andar quilómetros. Paciência para vasculhar tudo. Paciência para ver (muitas) coisas feias. Paciência para ver (poucas) coisas interessantes. E paciência para comprar (pouquíssimas) coisas que valham a pena. E regatear muito. E pechinchar ainda mais.

Confesso que já gostei mais de ir lá. Ultimamente parece-me sempre um desperdício de tempo. É como se fizesse uma aposta e saísse sempre a perder.

E de repente, no meio do cansaço, de uma enorme dor de barriga, de uma vontade louca de sair dali, farta de ver coisas feias e inúteis, lá está num pano, a um canto, uma caixa amarrotada e colorida.

Verifica-se o conteúdo da caixa. Podia estar melhor, mas também já vi bem pior. Quanto é? "São dez euros". Está bem. Tenho direito a saco de plástico e tudo.

The swinger

Lá vem ela direitinha para casa, para cima da prateleira, a juntar-se às outras três Polaroids vintage cá da casa. E esta é a minha favorita. Ainda falta limpá-la. Será que funciona? Ainda haverá rolos para ela? Não interessa. É tããããããão sixties!!

A ironia? O vendedor que não me oiça, mas só pela caixa, desfeita como está, pagava dez euros. Na boa.