segunda-feira, janeiro 7

Case Study

Houve um tempo em que os designers criavam produtos, não peças de arte assinadas em edições limitadas acessíveis apenas a uns poucos.

Houve uma altura em que as empresas fabricavam produtos, não peças de arte assinadas em edições limitadas acessíveis apenas a uns poucos.

A Herman Miller era uma dessas empresas. Lá pelos meados do século XX, por qualquer razão, decidiram revolucionar o mobiliário de escritorio contratando uma série de designers que se interessavam pela produção em série, pela forma que segue a função, por materiais e técnicas revolucionárias da altura, enfim, designers que se interessavam por design.

Embalagens planas, moldes de plástico, contraplacado moldado entraram para o quotidiano e eram vendidos a preços acessíveis. Eram. Porque hoje são considerados ícones, peças de arte assinadas acessíveis apenas a uns poucos.

case study 420

A linha de mobiliário Case Study desenhada por Charles e Ray Eames usa e abusa da racionalidade: ferragens comuns e contraplacado constroem estantes, aparadores, mesas de cabeceira, enfim, mais ou menos o que a necessidade ditar. O exemplo acima é o Case Study 420, que cá na Europa é distribuído a peso de ouro e apenas na versão colorida (que podem ver [aqui]).

Esta versão, mais sóbria, que ficava a matar na minha sala, só se vende nos Estados Unidos, ainda por cima a metade do preço...

Enfim, lá pelos States pelos vistos o design ainda é design, e os ícones nem por isso são menos ícones se não custarem tantos dólares.