Bubble lamps
O senhor George Nelson é um designer de referência para todas aquelas alminhas que sonham em ter uma casa anos 50.
Em primeiro lugar porque ele é um dos designers mais influentes dessa época (tal como o Charles e a Ray Eames), em segundo lugar porque todas as coisas que ele desenhou por volta dessa época traduzem à letra o espírito fifties, embora estejam tão, tão bem desenhadas que parecem mais adaptações modernas do espírito da era.
Ora finalmente encontro os candeeiros perfeitos para a minha sala, e encontro-me perfeitamente disposta a pagar fortunas pelos candeeiros (digamos que os três candeeiros que agora se encontram na minha sala conseguiam apenas pagar um terço de um bubble lamp) e olhem para eles e digam lá se não são lindos, estilosos e oh-tão-anos-cinquenta!
Mas por incrível que pareça, em pleno século XXI, com internet e cartões de crédito e correios e fedex e ups e aviões e barcos e tudo e mais alguma coisa não há maneira de eu encontrar um único site que me envie os artigos directamente para a Europa!
Aparentemente, por questões de direitos de autor, os candeeiros não podem ser comercializados na Europa, não existem fornecedores europeus, a Vitra que é quem produz as coisas do senhor designer por cá acha que mais vale comercializar os relógios e pronto (e já agora aproveito para dizer que embora seja uma marca europeia é perfeitamente possível encontrá-la num site qualquer à venda nos Estados Unidos) e agora se eu quiser os candeeiros tenho que arranjar um transitário, fazer com que eles lá da loja enviem os artigos para o transitário e pagar o transporte e pagar o transitário e depois esperar anos até que aquele contentor encha para vir cá para Portugal e até lá já eles colocaram dez cómodas em cima dos candeeiros e quando chegarem cá vou ter três fantásticas panquecas que em tempos foram candeeiros.
Numa palavra: BAH! Bem, uma palavra não chega: BAH!BAH!BAH!BAH!BAH!
Em primeiro lugar porque ele é um dos designers mais influentes dessa época (tal como o Charles e a Ray Eames), em segundo lugar porque todas as coisas que ele desenhou por volta dessa época traduzem à letra o espírito fifties, embora estejam tão, tão bem desenhadas que parecem mais adaptações modernas do espírito da era.
Ora finalmente encontro os candeeiros perfeitos para a minha sala, e encontro-me perfeitamente disposta a pagar fortunas pelos candeeiros (digamos que os três candeeiros que agora se encontram na minha sala conseguiam apenas pagar um terço de um bubble lamp) e olhem para eles e digam lá se não são lindos, estilosos e oh-tão-anos-cinquenta!
Mas por incrível que pareça, em pleno século XXI, com internet e cartões de crédito e correios e fedex e ups e aviões e barcos e tudo e mais alguma coisa não há maneira de eu encontrar um único site que me envie os artigos directamente para a Europa!
Aparentemente, por questões de direitos de autor, os candeeiros não podem ser comercializados na Europa, não existem fornecedores europeus, a Vitra que é quem produz as coisas do senhor designer por cá acha que mais vale comercializar os relógios e pronto (e já agora aproveito para dizer que embora seja uma marca europeia é perfeitamente possível encontrá-la num site qualquer à venda nos Estados Unidos) e agora se eu quiser os candeeiros tenho que arranjar um transitário, fazer com que eles lá da loja enviem os artigos para o transitário e pagar o transporte e pagar o transitário e depois esperar anos até que aquele contentor encha para vir cá para Portugal e até lá já eles colocaram dez cómodas em cima dos candeeiros e quando chegarem cá vou ter três fantásticas panquecas que em tempos foram candeeiros.
Numa palavra: BAH! Bem, uma palavra não chega: BAH!BAH!BAH!BAH!BAH!
posted by o bicho furioso at 15:48
12 Comments:
Isto de se ter a mania que se é fina tem destas coisas... :P
Isso tudo estaria muito certo se não estivessemos a falar da minha pessoa:
a)Eu não admiro plágios, aliás, eu sou a primeira a dizer que prefiro pagar €1600 por um original do que €179 por uma cópia. (é não só a tal história de ser fina, é também uma questão de respeito e admiração pelo designer e pelo que ele projectou originalmente).
b)O designer do objecto que é o George Nelson é AMERICANO.
c)A marca fina começou por ser a Herman Miller, que não era nada marca fina na altura, mas que graças à visão que teve ao escolher as pessoas que para lá desenharam se tornou um nome de referência para todos aqueles que coleccionam design do séc.XX e nomeadamente da década de 50. Acontece que a Herman Miller não distribui normalmente na Europa, prefere vender os direitos de autor a outra empresas/marcas.E a empresa que na Europa detém os direitos de autor é a Vitra que por coincidência não produz iluminação.
Pronto: isto tudo para dizer que se de facto existissem candeeiros desses a €4 na Tribo, só se fossem roubados, porque os candeeiros são feitos com uma tecnologia que era nova na época e que alguns designers adoptaram, em que fios de plástico muito finos são enrolados à volta de um estrutura em metal, de modo que quando secam formam uma espécia de casulo semi-rígido, algo que por acaso até tem alguns custos de produção.
OK?
Fina E culta! LOL.
Caro Pato_com_Laranja, são escolhas. Cada um valoriza o que quer, e a Bicho Furioso já explicou tim-tim-por-tim-tim as suas razões. Não concordas? É assim a biodiversidade...
E eu cá tenho um candeeiro lindo, de designer de renome, que custou €24. Alguém quer adivinhar qual é?
huuuuummmm.....
...seria de esperar que uma pechincheira como eu soubesse que raio de candeeiro fabulástico seria esse que com todo esse pedigree custa uma ninharia...
...mas não sei e fiquei curiosa!
Gaja, procura-o no teu local de trabalho. Ah, sim, para dizer a verdade verdadinha, aquilo é mais o abat-jour do que candeeiro propriamente dito... Ajudou?
"A arte é para ser exposta em público" é que me deu cá uma vontade de rir... E não posso, porque ainda sou despedida. Então não se devem ter quadros ou fotografias expostas em casa, por exemplo? E então quem, pelo contrário, compra arte por investimento? Estará a perverter a obra em si..?
E se eu comprar um candeeiro Tiffany's, já pode ser? Ou ainda é muito caro, logo não devo, porque se o comprar sou uma burguesa inveterável que não liga ao binómio forma/função porque quero é gastar guito para armar ao pingarelho? Escolhas, escolhas, escolhas... Com a ressalva, que, sim, há quem compre caro só porque é caro e tem pedigree e mais um par de botas - mas ou o Pato com Laranja ficou ceguinho com o sumo dos citrinos, ou então não sei não...
Será o garland, do meu caro amigo Tord Boontje?
Eu tenho dois (porque um não basta) e lá vou ser eu criticada, tenho-os porque sim, dentro da embalagem original, porque gosto e porque me dá gozo possuir uma peça tão bonita, apesar de na realidade não o ter colocado a uso (ainda).
Prioridades, de facto...
...e assim são as minhas, e lamento, mas dar €300 euros por um candeeiro não é assim tão descabido. Seja de assinatura ou não.
Ao menos posso estar descansada porque não foram feitos por um bando de criancinhas chinesas sem mãos. Ou senão como é que a tribo podia vender candeeiros a €4??????
Bingo ;) Mas o meu está a uso, mesmo. Apesar de que, confesso, me deu imensa vontade de comprar outro só para emoldurar ou coisa que o valha. Aquilo é mesmo bonito :D
que discussão mais parva. existem blogs imbecis e um degrau abaixo blogs como este!
E o comentário anónimo é suposto aumentar o nível?...............
E além de subir o nível, é de admirar a crítica construtiva...
...e o facto de apesar da imbecilidade, o excelso anónimo se ter dignado a ler a discussão toda!
Eu ao menos não perco tempo com coisas que não me interessam...
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