Da rua para a galeria, dando uns passinhos pelo museu
Tem-se o talento. Começa-se por sair para a rua, de noite, plantando stencils por aí. O trabalho é essencialmente provocativo, impossível deixar alguém indiferente (afinal, nas terras dos Tudor colocar a rainha Victoria numa posição sexualmente explícita é, no mínimo, provocador. Apesar do conhecido sentido de humor britânico). Com conteúdo político e crítico aguçadíssimos.
Depois, sobe-se um passo na arte da provocação: vamos ao museu pendurar quadros modificados. Com etiqueta identificativa e tudo. Ninguém dá por ele, só dias depois. A arte de Banksy chegou ao museu, através das suas próprias mãos. Não demorou muito tempo até chegar às galerias. A preços proibitivos.
Outras intervenções se seguiram, instalações artísticas em espaços proibidos: colocar uma réplica tamanho natural de um prisioneiro de Guantanamo na Disneyland Los Angeles, por exemplo. Como ser um artista bem sucedido sem patrocínios. Apenas com muita publicidade.
Será também uma questão de tempo, nestes tempos conturbados de início de século em que nada se cria, tudo se transforma, a chegar aos livros de História de Arte, a arte urbana, interventiva, provocadora, com forte sentimento crítico e com raízes urbanas. Já me estou a ver a folhear o Janson actualizado e dar de caras com o retrato que o Guy encomendou ao Banksy e ofereceu à Madonna pelo seu aniversário...900 000 dólares de prenda, para ser mais exacta.
Vejam algumas das obras de Banksy [aqui], porque vale bem a pena. Já fazia falta uma agitação dadá, novamente. Ou uma agitação pop art. Ou ambas. Ou nenhuma delas. O Jeff Koons que se cuide...algo me diz que a sua supremacia enquanto artista vivo melhor pago do mundo está a acabar.
Porque raio não fui eu a Londres arrancar paredes enquanto podia?
Depois, sobe-se um passo na arte da provocação: vamos ao museu pendurar quadros modificados. Com etiqueta identificativa e tudo. Ninguém dá por ele, só dias depois. A arte de Banksy chegou ao museu, através das suas próprias mãos. Não demorou muito tempo até chegar às galerias. A preços proibitivos.
Outras intervenções se seguiram, instalações artísticas em espaços proibidos: colocar uma réplica tamanho natural de um prisioneiro de Guantanamo na Disneyland Los Angeles, por exemplo. Como ser um artista bem sucedido sem patrocínios. Apenas com muita publicidade.
Será também uma questão de tempo, nestes tempos conturbados de início de século em que nada se cria, tudo se transforma, a chegar aos livros de História de Arte, a arte urbana, interventiva, provocadora, com forte sentimento crítico e com raízes urbanas. Já me estou a ver a folhear o Janson actualizado e dar de caras com o retrato que o Guy encomendou ao Banksy e ofereceu à Madonna pelo seu aniversário...900 000 dólares de prenda, para ser mais exacta.
Vejam algumas das obras de Banksy [aqui], porque vale bem a pena. Já fazia falta uma agitação dadá, novamente. Ou uma agitação pop art. Ou ambas. Ou nenhuma delas. O Jeff Koons que se cuide...algo me diz que a sua supremacia enquanto artista vivo melhor pago do mundo está a acabar.
Porque raio não fui eu a Londres arrancar paredes enquanto podia?
4 Comments:
Estou neste momento em Londres.. que paredes queres que descasque por ti?
Artur: é como dizem, GREAT MINDS THINK ALIKE...lolololol...que maravilha, um Banksy VERDADEIRO!!! posta a foto, quero ver!!
Buttons: qualquer parede pelo banksy, a proveita e descasca uma para ti também....embora leiloar bocadinhos de parede!! Boa estadia, foge do smog...(pode-se fugir do smog??)
Neste momento é mais fugir da chuva. Há postais e souvenirs do Banksy em todo lado! Brighton estava cheia de "imitações" nas paredes. Nas galerias há montes de livros sobre o senhor (tudo caríssimo para a minha bolsa, infelizmente).
Muito fixe o sr. Banksy.
Este comentário foi removido pelo autor.
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