sexta-feira, agosto 18

Santa baby, I've been an awful good girl...

Por isso é que eu queria estes como prenda de Natal:

Hole pump in patent leather

Eu sei que são super nouveau-riche, etiqueta a dizer Vuitton e tudo, ainda por cima custam a módica quantia de €492.50, mas adivinhem o que é que vai para o topo da lista de prendas que vou enviar para o Pai Natal...

E se ele mas der, quem sabe não fico a gostar bem mais do Natal?

quinta-feira, agosto 17

À porta da pastelaria do subúrbio cujos pastéis de nata são do melhor que já provei

Eu não tenho problemas com o compromisso, tenho é problemas com a exclusividade.
amigo devidamente identificado, ontem à noite na porta da Vanda



Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh! Estou completamente esclarecida...

...acho eu!

quinta-feira, agosto 10

Conversas descontextualizadas

Ontem à noite, duas raparigas a conversar em frente a um balcão de uma loja qualquer de um centro comercial qualquer:

"Bem, o que eu acho mal é ela dizer mal do primo e agora vai e faz o mesmo"
"Bem, fazer o que ela está a fazer é que está mal"
"Oh, não está nada mal...até eu já fiz!"
"Pois, mas com dois ao mesmo tempo?!?"

E a conversa pára por aqui, iniciando-se uma outra sobre alguém que acabou com o namorado.

...a conclusão que eu tiro daqui é que a minha imaginação é muito vívida. E a vossa?

sábado, agosto 5

A VH1 quando tiver 25 anos vai querer ser a Mtv...

Ok, ok, a Mtv não presta, não passa de um produto capitalista e colonialista cultural made in USA que só passa música (mais que) comercial, apoia apenas as grandes discográficas quando deveria apoiar os artistas e rege-se apenas por interesses económicos desprezando o que na verdade deveria importar: a música e (já agora) o vídeo que a suporta.

Mas pensando bem, que seria de nós sem a Mtv?...ou, melhor dizendo, sem a divulgação que a Mtv fez das pequenas obras de arte que são os vídeos que acompanham os singles (e reparem que os singles já quase não se vendem, mas os vídeos ainda se fazem...)?

Foi ao ver o pequeno programa comemorativo dos 25 anos da Mtv que me ocorreu esta ideia, visto que apanhando apenas os últimos vinte e cinco minutos de programa ainda me consegui deleitar com o Give it away dos Red Hot Chili Peppers, o Fight the power dos Public Enemy, o Like a prayer da Madonna, o Sabotage dos Beastie Boys e por último o hino da própria Mtv, o Video killed the radio star dos The Buggles. E para além de chegar à brilhante conclusão de que estou velha e sofrer de um grande, grande ataque de nostalgia acho que vou ser capaz de perdoar os pecados da Mtv...

all is full of love

Basta pensar no All is full of love da Bjork (ou, melhor dizendo, do Chris Cunningham), no Smells like teen spirit dos Nirvana, no Lucky star da Madonna, no Fell in love with a girl dos White Stripes, no Praise you do FatBoy Slim, no Girls just want to have fun da Cyndi Lauper, no 1979 dos Smashing Pumpkins, no Loser do Beck, no All I need dos Air e nos outros milhões de vídeos (e músicas) que fazem parte da nossa história cultural (e em grande parte, graças à Mtv, que os divulgou primeiro).

Por mim, que venham mais 25 anos...

Ser ou não ser [arrogante]...será mesmo uma questão?

Disseram-me há uns tempos que (e passo a citar) a modéstia é uma qualidade dos fracos. Não posso estar mais de acordo.

Portanto fiquem já a saber uma coisa: quando me chamam arrogante não o tomo como uma ofensa mas como um elogio.

Este post é em especial para ti...

terça-feira, agosto 1

Como tornar uma caixa de vinho num objecto de culto em três passos

Primeiro passo: ser um designer reconhecido, famoso, talentoso e muito, muito bom (e já agora, chamar-se Jasper Morrison).

Segundo passo: num momento ao mais puro estilo Changing Rooms utilizar uma caixa de madeira normalmente usada para armazenar garrafas de vinho como mesa de cabeceira (e chamar-se Jasper Morrison).

Terceiro passo: ter uma editora de objectos que ouve falar na mesa-de-cabeceira-que-na-verdade-é-uma-caixa-para-garrafas-de-vinho e achar que pode fazer disto uma peça assinada para a colecção 2006 (assinada por quem? Por Jasper Morrison, pois claro!).

Surge então o The crate, a obra conjunta do até agora não-controverso Jasper Morrison, um dos melhores designers desta geração e da Established and Sons, empresa conhecida nas altas esferas do design.

The crate

Há objectos e há objectos. E há ready-mades e ready-mades. Sou da opinião que todos os objectos podem (e devem) ser descontextualizados; os objectos afinal não são vacas sagradas colocadas no meio do Olimpo. Mas gosto de pensar que esta descontextualização deve pelo menos ter uma mensagem. Não pretendo que todos devem fazer de um ready-made um manifesto, tal como Marcel Duchamps fez com o seu urinol-tornado-peça-de-arte-porque-foi-exposto-numa-galeria, até porque não estou a falar de arte, estou a falar de design. Porque apesar de tudo arte e design não são bem a mesma coisa.

Mas convém que quando se faça este tipo de coisas se apresente uma razão válida para tal: consciência ecológica, talvez, ou tornar um objecto noutro objecto com uma função completamente diferente ou até mesmo em última instância dotar um objecto sério de sentido de humor. Portanto, convinha dar outra explicação para esta peça que não fosse tão somente o facto de ter um carimbo Jasper Morrison e por isso mesmo custar uma fortuna.

Ou isto talvez seja a minha própria consciência invejosa a falar, porque eu não me chamo Jasper Morrison e portanto o meu garrafão-de-água-vazio-tornado-um-recipiente-para-molas-de-pendurar-roupa não vai ser tornado um objecto de culto assinado a ser vendido por dezenas de euros (ou até mesmo centenas, quiçá) e portanto aqui estou eu sentada ao computador a falar mal do outro.

Seja como for...Jasper Morrison, shame on you!