Confessions of a Jane Austen Addict

(título do livro de Laurie Viera Rigler acabei de ler e que nem por isso recomendo, mas cujo título tem tudo a ver com este post...e quem não conhece a obra de Jane Austen e fique a ver navios com isto tudo que me perdoe, mas tenho mesmo de comunicar ao mundo o que me vai na alma).

Sim, confesso, sou viciada em Jane Austen. E geralmente em todo o filme que tenha vestidos (de época, bem entendido). E sou de tal maneira viciada que acabo de fazer um teste, tal como quando era pita, para ver qual das heroínas de Austen me representa melhor. E por muito que eu quisesse ser uma Lizzie Bennet brilhante e independente, eu já estava mais que desconfiada que o resultado só podia ser este...

Take the Quiz here!

...porque de cada vez que estou a ler Sense and Sensibility estou sempre do lado de Marianne, mesmo que saiba que a Elinor tem muito mais razão...e porque sei perfeitamente que sou uma exagerada dramática.

Enfim, podia ser muito pior...podia ser uma Emma....

Wuthering Heights

It would degrade me to marry Heathcliff now; so he shall never know how I love him: and that, not because he's handsome, Nelly, but because he's more myself than I am. Whatever our souls are made of, his and mine are the same; and Linton's is as different as a moonbeam from lightning, or frost from fire.

Wuthering Heights, Emily Brontë


Conseguem perceber porque é que é impossível percorrer todas as páginas deste livro sem derramar uma única lágrima?

E conseguem perceber porque é que estou aqui pelo menos há trinta minutos e não consigo escrever nada porque quero escrever tudo?

Porque O Monte dos Vendavais é tudo, tudo, o que uma pessoa viciada em Romantismo pode querer. Porque é o sublime transformado em livro.

Relido em dois dias. Metade num dia ventoso, a outra metade num dia cinzento. A maneira perfeita de começar o Outono.

Esqueci-me de avisar...

...que estou de férias.

E sim, estou de férias outra vez. E sim, até inícios de Outubro. E sim, estão a ser decadentes até mais não.

E não, não tenho férias a mais.

De como a minha vida deve andar a precisar de emoções fortes...

...ou então eu não tinha andado a gritar durante dez minutos "Isto é uma das melhores coisas que me podiam acontecer!" depois de ter descoberto que lá por alturas do Natal vai sair um novo Singstar...nem mais nem menos que Singstar ABBA!



...o pior de tudo é que é mesmo uma das melhores coisas que me podiam acontecer!! Isso e ganhar o Euromilhões (não precisamente por esta ordem...)

Pequeno episódio num centro comercial perto de si

A assistente de loja estava encostada ao balcão, com ar distraído.

Ele e ela traziam um abat-jour na mão e um sorriso nos lábios, podemos pagar aqui?, a assistente esqueceu os seus sonhos, vestiu o seu ar profissional e de sorriso nos lábios disse claro!.

Enquanto o laser computa o preço, enquanto a caixa regista o valor e o TPA comunica com o banco, a assistente confirma com os clientes se o abat-jour é para colocar num candeeiro de mesa, sim, é, mas porquê?, a assistente tenta explicar, enquanto a cliente vira triunfantemente o abat-jour ao contrário e diz que nessa posição dá perfeitamente para pendurar.

A assistente de loja olha-a nos olhos e questiona-a, não acha que se as pessoas entrarem em sua casa vão pensar que a senhora colocou o abat-jour ao contrário?, ao que a cliente responde triunfantemente, não, pelo contrário, vão achar que é uma casa de uma pessoa diferente, de uma designer.

A assistente de loja, com um sorriso nos lábios, responde-lhe. Não sabia, pensava que em casa de um designer a forma seguia a função. Pensava que se um abat-jour é desenhado de uma maneira, seria para usar dessa maneira. Portanto eu olharia para o abat-jour e pensaria que ele estava colocado ao contrário. Portanto não, não gosto de ver. E muito amavelmente, a assistente de loja acrescenta Mas lá está, gostos não se discutem...

O cliente, marido dela, quem sabe, sorri também e diz, tem toda a razão, gostos não se discutem. Despediram-se todos com um sorriso e um cordial boa noite.

A assistente de loja volta então aos seus sonhos, encostando-se ao balcão...mas não sem exibir um leve sorriso de triunfo.

M

...de Madonna, de miniatura (de onde eu estava, ela tinha mais ou menos um centímetro de altura), de música, de cantar muito alto, de maravilhosa e de soube muito a pouco...

...gostei mais do outro concerto, é verdade, mas pelo sim pelo não, se houver uma próxima, estou lá! Espero é que não seja outra vez numa pseudo pista de aterragem, é que já me estava mesmo a ver a servir de calço para a roda de um avião...

My Drive Thru

...seguindo esta minha nova tendência de só querer ouvir coisas divertidas e de estar obcecada com All-Star, aqui está o vídeo que de uma assentada só resolve estes meus dois problemas:



Pelos vistos os pesos-pesados Pharrel, Julian Casablancas e Santogold (esta última a minha grande descoberta dos últimos dias) juntaram-se para fazer uma música...e um anúncio para as minhas (já não tão) saudosas All-Star...e é este o resultado!

Estou definitivamente obcecada...quer com o vídeo, quer com a música...quer com as All-star!

Coisas que me irritam IV

Há imensas expressões irritantes na nossa maravilhosa língua portuguesa, mas nenhuma como a recentemente inventada tuga.

Desculpem, mas eu não sou tuga. Recuso-me a ser tuga.

Os tugas cospem para o chão, não acendem os piscas, não pagam os impostos, não respeitam as filas, detestam reservas naturais pois não se pode construir nada lá e a maior alegria que poderiam ter nas suas vidas era que a selecção portuguesa ganhasse uma taça qualquer.

Eu sou portuguesa. Por-tu-gue-sa. Não cuspo para o chão, respeito as filas como se a minha vida dependesse disso (e defendo o meu lugar nelas exactamente da mesma maneira), digo boa tarde e obrigada, pago todos os meus impostos, tenho imensa pena do meu Algarve estar tão estragado em certas zonas e a maior alegria que eu poderia ter na minha vida era ver o meu país sem injustiças sociais, cheio de empresas inovadoras, com emprego para todos e ordenados um bocadinho maiores.

Porque para mim o crescimento económico é um bocadinho mais importante que o futebol. Talvez por ser portuguesa, em vez de tuga.

To Spore or not to Spore...

...essa é a questão.

Querer ser Deus e controlar a vida desde a célula até à conquista do espaço? Claro! E tudo isto num jogo cheio de bonecada? Claríssimo!! Estou doente para jogar Spore. Ainda mais depois de ver imagens como esta...



...só que depois chegam as dúvidas existenciais. O tempo que perco a jogar, o vício, ai! os jogos são tão caros!, compro a versão Mac/PC ou a versão DS?, a versão DS é menos completa, a versão Mac/PC está envolvida nas polémicas instalações limitadas e protecção anti-pirataria do inferno, uns dizem que o jogo é limitado, outros dizem que não cansa nunca...

Já estive com a versão PC/Mac na mão. Já estive com a versão DS na mão. Não me consigo decidir.

...vou esperar pelo Natal. Pode ser que alguma alma caridosa me livre deste dilema e me queira oferecer um spore.

Princesa Maria

O reino da princesa Maria é uma península. Isto significa que está rodeado de mar por todos os lados menos de um.

E ainda bem, porque a princesa Maria adora o mar. Da janela do seu quarto (que fica na torre mais baixa do castelo, não vá ela debruçar-se e cair) consegue-se avistá-lo, e Maria perde horas e horas à janela, olhando para o mar e para tudo o que nele se passa. Os barcos que nele navegam, as ondas, as gaivotas, o sal, os peixinhos.

Aliás, a princesa Maria jura a pés juntos que já viu uma sereia. E não adianta dizer-lhe que talvez tenha sido imaginação sua: Maria é uma princesa e como tal não pode ser contrariada.



Escusam também de a tentar vestir de verde como a relva, de amarelo como o sol ou de rosa como certas flores. A princesa Maria veste-se sempre de azul, e nem sequer é azul como o céu, não!, a princesa Maria veste sempre de azul mar, mesmo quando o mar está zangado e veste de cinzento.

Para a princesinha Maria, que ainda está escondida no quentinho, à espera de ver o mar pela primeira vez.

Reality Bites

É um daqueles filmes que supostamente tenta definir toda uma geração, é uma espécie de manifesto pré-fabricado sobre o que era ser um jovem adulto no início dos anos 90, com todos os clichés que isso implica: o rapaz bonitão de cabelo engordurado, a rapariga gira e inteligente em busca do seu lugar, o amigo gay, a melhor amiga meio louca e o rapaz que se interessa pela rapariga gira e inteligente só para o rapaz bonitão do cabelo gorduroso sentir ciúmes dela.



Apesar de todos os clichés tornarem o filme um pouco forçado (tentar condensar toda uma época em cinco personagens tem mesmo destas coisas), apesar do romance que não ata nem desata só para tornar o filme interessante até ao fim, apesar da personagem idiota do Ben Stiller (e desculpem, mas não acredito nem um minuto que uma pessoa no seu perfeito juízo ponderasse sequer trocar o Ben pelo Ethan), apesar do tabaco e apesar do pouco que as histórias dos outros dois parecem interessar a toda a gente, tenho um certo fraquinho pelo filme, e tudo por causa da cena na gasolineira.

Porque dançar ao som do My Sharona dos The Knack numa estação de serviço é tudo o que uma pessoa precisa na vida.

Alguém vai ao Brasil por estes dias?

É que eu preciso urgentemente destas Melissa (dos irmãos Campana, claro, como se pode ver pelo estilo inconfundível).



E de mais dois pares. Todos translúcidos... devo ter um síndrome de Cinderela escondido algures dentro de mim, e só agora encontrei os meus sapatinhos de cristal! Podem ver [aqui] se conseguem encontrar os vossos.