domingo, agosto 31

Origens

Quando estou com os meus pais, não preciso nem de dois minutos para me lembrar de quem sou filha. Revejo-me constantemente nas acções deles, nas palavras e até mesmo no espelho. Sou mesmo uma mistura dos dois, não há que negar. E tal como os dois, sou uma mistura explosiva. Quem me conheça que me ature (embora, claro está, existam recompensas para quem me atura, que afinal isto não é só mau).

Memórias

Mas a mistura daqueles dois (que sou eu) resultou da mistura de outros quatro. E da mistura de outros quatro (que surgiram da mistura de outros oito) surgiram outras três misturas que deram origem aos meus primos e aos filhos dos meus primos. E houve ainda outras misturas mais longínquas que nunca cheguei a conhecer, não lhes sei os nomes, não lhes conheço as caras. Mas resultaram em mim. E são eu (pelo menos em parte).

Assim se enche uma parede ainda vazia: com herança genética, recordações de dias felizes cheios de sol e algumas (muitas!) saudades.

quinta-feira, agosto 28

Levante

Acabo de constatar que esta palavra, sinónimo de um estado climatológico muito próprio lá na terrinha do meu coração, tem origem em Espanha. Significa, em oposição a poniente, uma direcção, o Este.

Dizem que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. É mesmo por causa do levante. Do vento, que sopra do Norte de África chegando de Este a Portugal.

Estar de levante significa estar muito calor. Não se dormir à noite. Sufocar e pingar o dia todo. Tomar dez banhos por dia e mesmo assim estar-se sempre bleargh. Estranhar-se o facto de estar nublado e não chover (e que bem que sabiam umas pinguinhas de chuva fresca!). Bandeira amarela ou, pior ainda, vermelha!, e o mar a puxar mesmo a sério (embora já se saiba que o puxar a sério dos meus lados seja uma brincadeira de crianças em todos os outros sítios). Depois do levante, chegam as algas, que estragaram todos os banhos de mar da minha infância.

...já não me lembrava de como eram os dias de levante. Será que também me vou esquecer dos Invernos, com o vento tão húmido que corta qualquer camisola que se vista? E dos Outonos, com cheiro a castanha assada e nostalgia? E da Primavera, com andorinhas, morangos e o céu mais azul que já vi?

segunda-feira, agosto 25

Os vizinhos de baixo

De vez em quando, quando estou já quase quase a mergulhar no sono, acordo em sobressalto. Oh meu Deus, é desta, é desta! É hoje o tremor de terra! (Acho que já comentei algures que tenho a paranóia dos tremores de terra).

Mas não, posso dormir descansada. São os meus vizinhos de baixo. A cabeceira da cama a bater violentamente na parede. E gostava de referir gemidos, mas não é bem essa a palavra. São mais urros. Às três da manhã. Deve ser para a filha pequena não ouvir. A filha pequena que está no quarto ao lado.

Loud

Estou com vontade de traduzir e afixar cá no prédio. Não é por nada, quer dizer, eu até estou contente por eles terem uma vida tão saudável. Agora acordar assustada várias vezes por mês porque vem aí um tremor de terra é que não.

E só para saberem, eles já partiram a cama uma vez. Eu ouvi. Tudo. Até eles a rirem da cama ter-se partido.

quarta-feira, agosto 20

Her cherry chapstick and my guilty pleasure

Eu sei, eu sei....é muito, muito mau....tudo, a música, o vídeo, a letra...

Mas eu estou viciada...na música e na letra...(não tanto no vídeo, por qualquer razão sou visualmente exigente!).

...vou pôr as culpas todas no Verão, e vir com uma teoria qualquer de que no Verão apetece é ouvir música parva...e vamos ficar assim!

terça-feira, agosto 19

Da rua para a galeria, dando uns passinhos pelo museu

Tem-se o talento. Começa-se por sair para a rua, de noite, plantando stencils por aí. O trabalho é essencialmente provocativo, impossível deixar alguém indiferente (afinal, nas terras dos Tudor colocar a rainha Victoria numa posição sexualmente explícita é, no mínimo, provocador. Apesar do conhecido sentido de humor britânico). Com conteúdo político e crítico aguçadíssimos.

Depois, sobe-se um passo na arte da provocação: vamos ao museu pendurar quadros modificados. Com etiqueta identificativa e tudo. Ninguém dá por ele, só dias depois. A arte de Banksy chegou ao museu, através das suas próprias mãos. Não demorou muito tempo até chegar às galerias. A preços proibitivos.

Outras intervenções se seguiram, instalações artísticas em espaços proibidos: colocar uma réplica tamanho natural de um prisioneiro de Guantanamo na Disneyland Los Angeles, por exemplo. Como ser um artista bem sucedido sem patrocínios. Apenas com muita publicidade.

Stop and search

Será também uma questão de tempo, nestes tempos conturbados de início de século em que nada se cria, tudo se transforma, a chegar aos livros de História de Arte, a arte urbana, interventiva, provocadora, com forte sentimento crítico e com raízes urbanas. Já me estou a ver a folhear o Janson actualizado e dar de caras com o retrato que o Guy encomendou ao Banksy e ofereceu à Madonna pelo seu aniversário...900 000 dólares de prenda, para ser mais exacta.

Vejam algumas das obras de Banksy [aqui], porque vale bem a pena. Já fazia falta uma agitação dadá, novamente. Ou uma agitação pop art. Ou ambas. Ou nenhuma delas. O Jeff Koons que se cuide...algo me diz que a sua supremacia enquanto artista vivo melhor pago do mundo está a acabar.

Porque raio não fui eu a Londres arrancar paredes enquanto podia?

segunda-feira, agosto 18

These are a few of MY favorite things II

Enquanto sonho em ter cento e vinte, os meus trinta continuam dentro da caixa, a uso, alguns já tão curtos que quase não os consigo segurar, outros compridíssimos porque nunca usei.

Lápis de cor

Comprei-os há anos, lá em baixo, na capital, pois claro, que na santa terrinha não existiam; lembro-me que a minha mãe ía tendo uma coisinha má por causa do preço deles, mas "pronto, se precisas...".

E sim, precisei. Ainda preciso.

sábado, agosto 16

The Ting Tings ou Como Plagiar o Post de um Amigo Meu

Já saiu há algum tempo, mas decidi que esta vai fazer parte da playlist do meu Verão.

Música descomplicada, sem grandes pretensões, óptima para dançar no meio da sala (sim, não tenho vida social, não saio muito), melhor ainda para assustar todos os vizinhos num raio de dez quilómetros (por favor que saia num Singstar, porque aí o raio já vai aumentar para 20), maravilhosa para fazer viagens daquelas que quando acabam, acabam na praia.

...e na verdade, este post já andava para sair há algum tempo, portanto não é bem um plágio...até porque foi autorizado (e tenho provas [aqui]).

sexta-feira, agosto 15

Um livro é um livro...

...ou não. O livro é talvez um dos objectos mais antigos, e um dos que menos alterações sofreu ao longo dos séculos.

A ficção científica desde sempre se incubiu de nos fazer pensar numa outra forma de ler livros. A Amazon desenvolveu o óbvio: o ecrã portátil que se carrega comprando e-books...bem, claro, na Amazon.

Kindle

Eu que sou uma leitora compulsiva digo-vos já que uma das melhores coisas do mundo é o cheiro de um livro novo. Ou o revisitar de um livro já lido muitas vezes, com páginas marcadas que teimam em abrir sempre no mesmo sítio. Cantos dobrados, manchas de comida, sublinhados, dedicatórias. Letras e páginas. Papel.

Mas tirando tudo isto, e como o espaço cá em casa para livros já começa a escassear até podia ter embarcado na ideia, tal como embarquei nos mp3 apesar de adorar discos em vinil (e sim, também tenho saudades dos booklets dos cds). Tivessem eles contratado o Jonathan Ive para desenhar o infame objecto, e eu nem pensava duas vezes (até porque não consigo, graças a ele estou convertida numa macdependente sem cura possível). Assim, não há hipótese possível...que coisinha feia, sério!

quinta-feira, agosto 14

Eu nunca fui boa actriz...

...mas este vai ser o meu melhor desempenho de sempre. Ora vejam a minha pessoa a interpretar uma lâmpada economizadora de 20W do Ikea:

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimm
mmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmm

...sou ou não sou um génio da interpretação?

quarta-feira, agosto 13

How I Met Your Mother

Sou viciada em tv, admito. Viciadíssima. Adoro. A televisão anda sempre acesa cá em casa. E nem sequer sou muito selectiva. Marcha tudo. Uns programas porque são tão maus que até são bons. Outros porque são tão bons que até são óptimos. E de vez em quando tendo a ficar viciada em determinada série porque não há maneira de evitar ver, pelas mais diversas razões. Agora, calhou a vez a How I Met Your Mother.

How I met your mother

Já se sabe, quando não há mais nada para ver na tv há sempre uma sitcom a dar num sítio qualquer que ajuda a passar o tempo. O estranho é começar a ver uma sitcom e gostar mesmo. Identificar-se com ela. E apetecer ver todos os episódios de uma vez porque quer-se saber já o que vai acontecer. É este o efeito de How I Met Your Mother.

O enredo é o típico: cinco amigos de Nova Iorque. Tudo o resto é atípico porque é normal. ou seja, é normal que dois dos teus melhores amigos andem há séculos e que se vão casar agora. É normal que estejas no início da tua carreira e que nem tudo corra da melhor maneira. É normal que haja aquele amigo que ora é mais do que amigo ora não. Também é normal que tenhas um amigo que seja...bem...uma personagem, como se costuma dizer. E que te aconteçam as coisas mais normais, como planeares a noite de Ano Novo perfeita e que te saia tudo ao contrário. Para perceberes no fim que afinal até te divertiste horrores.

Portanto, é mais que normal que eu tenha ficado viciada. E mais que normal que já não aguente mais a curiosidade...afinal, quem raio é a mãe dos filhos do Ted?? E como é que ele a conheceu??

terça-feira, agosto 12

These are a few of MY favorite things I

É a altura de começar a série, talvez pelo objecto mais improvável...

Bunny

Não só é fofinho, kitsch e maravilhoso, como também é um rádio: o focinho é um speaker, os olhos são os botões de sintonização e volume, e a orelha, espante-se, é uma antena. Veio da loja do chinês, claro. É o meu (nosso) rádio maravilha.

Mas o melhor de tudo, de tudo, é que foi uma oferta. Adorei na altura e continuo a adorar agora. Ainda bem que ainda há pessoas que me conhecem bem, já começava a deseperar...

domingo, agosto 10

Converse Chuck Taylor All Star

A minha mãe há tempos encontrou um antigo colega meu do secundário, que de repente se lembra de perguntar se eu ainda usava all star. Nunca me tinha ocorrido, mas realmente durante a minha adolescência não calcei mais nada. Nem quando vestia saias. Nem quando ía à praia.

Tudo começou com as minhas bordeaux, prenda de Natal adivinhada pela minha mãe, que sabia melhor do que eu o que eu queria realmente. E de seguida vieram as pretas, que ficaram cinza de tanto serem lavadas. Infelizmente, ambas foram compradas ainda eu calçava 36, por isso deixaram de me servir.

Depois vieram as azuis. Depois as brancas, que literalmente se desfizeram (e mesmo assim foi complicado desfazer-me delas, andaram anos a sobreviver em casa dos meus pais). E de repente decidi ser diferente: vieram as tijolo. Depois as cor-de-rosa (sunburn, na verdade...ainda hoje acho que as comprei porque tinham um nome giro) e por último as amarelas, a vontade de exclusividade numa onda de vou comprar as mais feias que existirem para não ter mais ninguém com umas iguais. Todas as minhas amigas torceram o nariz. Eu adorava-as. Ainda tentei ter umas low-top, pretas, mas não as usei muito. As hi-top eram as minhas favoritas. E, pelos vistos, a minha marca registada.

Com o tempo, deixei de as usar. Por uma questão de moda, claro, por uma questão de me afastar um pouco do meu passado conturbado de adolescente incompreendida, também.

Ontem, talvez por influência da companhia, regredi. Comprei umas all-star. Diferentes (alguém já tentou comprar umas all-star clássicas ultimamente? Não dá!). Caras, como é óbvio (apesar do saldo).

All star

E depois de as ter no saco, ainda meio abananada por ter comprado umas all-star e com medo de me arrepender, entro numa outra loja e está a dar o Vs. dos Pearl Jam. Durante cinco segundos, tenho dezasseis anos. Só que desta vez, não é tão mau. Estou a ouvir boa música, tenho lentes de contacto, é Verão, e as minhas all star são as mais giras de sempre. Além do mais, não me sinto sozinha, muito menos incompreendida. E sou eu, com toda a liberdade para ser eu, o quanto eu quiser.

...um instante e dezasseis anos depois, chego à conclusão de que nunca devia ter deixado de usar all-star...

sábado, agosto 9

Coisas que me irritam III

Este é um sentimento muito peculiar, em que só as pessoas que são verdadeiramente viciadas em vídeo-jogos se podem rever.

Imaginem o que é estar encalhado num jogo numa determinada parte há
séculos. Ir lá e tentar e tentar e tentar e tentar e nunca conseguir. Até chegar áquele ponto em que de repente, numa fúria, se desliga o jogo e já não se quer saber daquilo para nada, nem apetece olhar mais para ele.

Passado três ou quatro dias olho para a consola, respiro fundo e penso ok, vou tentar só mais uma vez.

Ligo a psp...e consigo à primeiríssima, como se fosse a coisa mais fácil do mundo, como se sempre tivesse sabido como se faz, como se fosse a coisa mais natural do mundo. E lá está o Indiana Jones em lego todo contente, no alto do seu poleiro, a carregar a caixa de correio como se tivesse nascido para aquilo, a olhar para mim com ar de “até que enfim que te despachaste com isto, estava a ver que nunca mais!”.

Pronto...irrita-me.

sexta-feira, agosto 8

Cenas da vida doméstica e dos Jogos Olímpicos

Eu estava a tentar escrever um post, quando o stress se abateu nesta casa: estavam a começar os Jogos Olímpicos de Beijing (e sim, eu gosto muito mais de dizer Beijing do que Pequim).

"Onde é que está a Eurosport? Procura a Eurosport! Estão a começar! Vai começar a abertura! Que é da Eurosport?" (e por mais que pareça, juro, juro, que não fui eu...)

"É o 39..." (resposta calma e ponderada de quem se está a preparar para escrever um post)

"Não sabes o que estás a perder! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá! Anda cá!"...e sim, é verdade, continuo a não ser eu...

"MAS PORQUE RAIO HEI-DE EU COMEÇAR A VER A CERIMÓNIA SE DEPOIS NÃO A CONSIGO ACABAR DE VER, QUE RAIO, EU TENHO QUE IR TRABALHAR, NUNCA DÁ PARA VER NADA, ESTOU FARTA, QUE É QUE IMPORTA PERDER DEZ MINUTOS SE VOU PERDER TUDO" (e sim, isto já fui eu, e esta já é a versão censurada).

Depois fui-me sentar na sala com ar amuado onde consegui ver a cerimónia toda (visto que a parte da entrada dos atletas não interessa nem ao menino jesus, e porque como todos nós sabemos o acender da chama olímpica vai repetir aproximadamente dez milhões de vezes nos telejornais dos próximos dez meses).

E estas são as figuras ridículas que o meu mau feitio me faz fazer, muito a meu pesar, mas já lá dizia o outro...it's beyond my control.

quinta-feira, agosto 7

These are a few of MY favorite things (introdução)

Agora que estou tão civilizada e assídua e até estou a conseguir escrever uma vez por dia (yaaaay pela disciplina e força de vontade de não deixar as minhas células cinzentas a definhar lentamente uma por uma) não quero que me falte a inspiração.

Portanto chega a altura de inaugurar mais uma série daquelas que me vai ajudar com o meu problema recorrente do cursor a piscar.

São objectos e coisas que têm histórias por trás, umas são peças de museu (pois é, acho que é desta que a nossa pequena colecção de design vai começar a ser desvendada), outras são prendinhas, outras são apenas coisas giras que por cá andam.

E quem já esteve cá por casa sabe bem que de peças está isto recheado...(claro, a maioria delas adquirida em saldo porque como já se sabe eu sou pobre...mas rica em espírito, personalidade e mau feitio!).

É só aguardar por um dia menos inspirado...

quarta-feira, agosto 6

Piquenique urbano

Num dia de calor...não há nada melhor do que fazer um piquenique na varanda (quer-se dizer, há coisas bem melhores, tais como molhar os pézinhos na praia, martinis à beira da piscina, uma sala com ar condicionado...mas como o mar está longe, a piscina é difícil de manter, o ar condicionado requer canalização, ficamos com a varanda, mesmo!).

Piquenique urbano

Maionese de atum (algarvio para salada russa) e coca-cola tão fresca que até pica...nhami, nhami!

terça-feira, agosto 5

Coisas que me irritam II

Quero colocar um vídeo através do Youtube no blog, tenho tudo escrito, faço um share através do blogspot, parece que está tudo ok, ainda bem, aparece a tal mensagem do daqui a nada aparece no blog, fico descansada e pronto, chego cá no dia seguinte e nada de nada.

Ok, suspiro, recomeço de novo, consigo escrever uma coisa ainda mais gira (pelos vistos estou inspirada), faço novamente um share, aparece outar vez a mesma mensagem, ok, parece que está tudo bem, chego novamente no dia seguinte e outra vez, nada de nada.

Como estou a ficar sem paciência, strike três, escrevo uma porcaria qualquer, dou-me ao trabalho de ver as definições da minha inscrição, está tudo ok, tento de novo, mas continua sem aparecer nada no blog.

Irrita-me, muito, que um site que foi vendido por sei lá eu quantos milhões e milhões de dólares não funcione como deve de ser.

E já agora, o cúmulo de tudo, era que ele publicasse os três post de seguida. Isso é que era. Isso é que era o convite ao caos e o aparecimento do meu segundo cabelo branco .

Já agora, se por acaso estão curiosos, o vídeo era este, que podem ver (infelizmente) [aqui]. E seguir-se-ía um texto maravilhoso...embora agora esteja demasiado irritada para o poder reproduzir!

segunda-feira, agosto 4

Por falar em epifanias.

Finalmente percebo para que raio serviu o Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull.

Para além de destruir por completo todas as minhas fantasias de criança (o meu casamento com o Indiana Jones ía acabar em divórcio na certa...e dos litigiosos!), serviu para criar uma nova expressão: nuke the fridge.

Nuke the fridge

Ou seja, a partir deste Indiana Jones de cada vez que estivermos a ver um filme que acabou de ultrapassar a fina barreira do credível, basta dizer que o frigorífico acabou de ser nukado. E fica tudo entendido.

E isto vai mesmo ter de me servir de consolo.

domingo, agosto 3

Finalmente!...

...descobri o que é um emo!!...e não foi através da wikipédia, foi através de uma fonte próxima de um. O que é bem mais fidedigno, convenhamos.

sexta-feira, agosto 1

Melissa + Zaha Hadid

À partida, não sou grande fã da Zaha Hadid. A sua arquitectura monumental e orgânica não tem nada a ver comigo, eu que sou fã das case-study dos anos 40 e 50, ou seja, linhas rectas e muita, muita parede de vidro. Apesar de gradualmente ter vindo a mudar de opinião (passei de um assertivo "detesto" a um "não gosto muito"), isto porque pelo menos já percebi que até há coisas delas a serem contruídas e que têm certa graça.

Ontem disseram-me que a Zaha Hadid tinha desenhado uns sapatos para a Melissa. Ora da Melissa já eu sou uma grande fã, e tudo o que saia de lá eu tenho de analisar para ver se mais sapatos sairão dignos de aumentar a minha ainda pequena colecção mas em vias de se tornar grande (afinal, ainda só são cinco pares).

E o que Zaha Hadid desenhou, foi isto:

Melissa+Zaha Hadid

Se eu fizesse um filme de ficção científica, todas as raparigas íam ter um par de diferente cor. Estou fã. Também quero uns para mim. E depois, compro uma gabardine transparente...bem vindos a 2019 (embora espere que lancem os sapatos antes disso!).