Conserva de atum

Esta é a minha homenagem a tão singela invenção que já tantas vezes salvou a vida de todos aqueles que se esqueceram de descongengelar o jantar...ou àqueles que foram acampar sem muito dinheiro para gastar.

Agora digam-me, há lá coisa melhor que uma bela sandes de conserva de atum? Ou a conserva de atum com a bela da batata cozida? E isto sem mencionar os pratos mais complicados, aqueles que levam refogado, e tomate, e massa...



Esta lata, por exemplo, não é nossa; veio de Cabo Verde. Mas qualquer lata é bem vinda. Há sempre umas latinhas em casa de toda a gente. A minha não é excepção.

Objectified

E pronto, era mesmo só o que me faltava, um documentário sobre a vida maravilhosa das estrelas do design...

...é que era mesmo o que me faltava...Dieter Rams, Mark Newson, Karim Rashid, os Bouroullec, a Hella Jongerius...estão lá (quase) todos.

Já estou a imaginar, o dia-a-dia infeliz destas alminhas: "ai meu deus, que chatice, tenho que me levantar da cama e ir trabalhar para o meu pequeno atelier de quinhentos metros quadrados onde tenho todo e qualquer material existente disponível no mundo à minha espera, trezentos e cinquenta estagiários/escravos, ai agora vou almoçar, ai meu deus oh não, estou atrasado, o meu avião parte daqui a meia hora com destino à fabrica xpto onde me vão pagar cem mil euros por desenhar mais uma cadeira, sou tão incompreendido, o senhor da fábrica não quer o colocar o parafuso onde eu quero, enfim, a minha vida é uma desgraça".




Gary Hustwit é o nome do autor da minha desgraça, isto ainda vai ser pior que o Cinema Paradiso, começa o genérico inicial e lá vou eu começar a chorar lágrimas de sangue, "porquê eles e não eu????", enfim....se quiserem saber mais, cliquem [aqui] (é que eu já não consigo escrever mais sobre o assunto!).

...invejosa, eu??? Nããããããããããããããã.......Frustrada, talvez.

No meu jardim (aquele que não existe...)

Já sei que a outra é a super-estrela do momento, não marca nem marquinha que não queira trabalhar com ela e deve ganhar rios de dinheiro e ter quinhentos mil estagiários/escravos só por conta dele, mas às vezes chego a achar que o trabalho da Patrícia Urquíola anda assim um pouco para o sobrevalorizado.

Pronto, nota-se que são desenhadas por uma rapariga, o que até tem certa graça, especialmente no mundo em que é, uma rapariga a mandar num mundo de homens. Mas não consigo ser unânime, tal como sou com outras pessoas, e dizer que tudo o que ela faz é o máximo.

No entanto, há uma coisa a que sim acho imensa piada.



Já me estou a imaginar: fim de tarde de Verão, no jardim, chá gelado de um lado, livro do outro...e eu escarrapachada de sofá...

...claro, repararam que eu não mencionei a palavra "quintal", mencionei a palavra "jardim", porque para comprar esta maravilha só mesmo depois do euro-milhões...mas enfim, sonhar ainda não custa nada...

Coisas que me irritam I

Isto de estar atrás de um balcão tem mesmo destas coisas, e eu até acredito que as pessoas não façam por mal; mas não deixa de ser extremamente irritante trabalhar num sítio onde só uso o cérebro para memorizar que embalagem é que pertence a cada produto, e mesmo assim, quando alguém me pede qualquer coisa e eu trago a caixa, ainda tenho de ouvir um "E de certeza que é isso mesmo que eu pedi?".

Desculpem, mas quão burra julgarão eles que se é necessário ser para trabalhar numa loja? Ter um QI de -10? Quão difícil pode ser retirar uma caixa (que normalmente está mesmo debaixo dos olhos deles) e que ainda por cima costuma ter um desenho igual ao próprio artigo?

Ou será que o defeito é meu, que na verdade é normalissimo, suponhamos, por exemplo, ir ao médico a uma consulta, o médico diagnosticar a doença, e perguntar-lhe de volta " Mas tem a certeza que é mesmo isso que eu devo tomar?"...

Aqui...

...é que eu devia estar, há horas!!!



...e já agora, aproveito: não é lindo o meu novo espelho?

Jonathan Strange and Mr Norrell

Como o prometido é devido, cá vai o último calhamaço que li, mais umas novecentas e tal páginas...dúvida existencial: mas será que todo e qualquer livro que mencione, nem que seja só por alto, Napoleão, tem que ter pelo menos novecentas páginas?? Não acho normal... E isto do Napoleão é só um pretexto para escrever um livro de magia...sim, magia, da verdadeira, que isto agora deu-me práqui, devo mesmo andar aborrecida de todo e não querer pensar na vida para andar a ler tanto disparate...



A autora também não devia ter mais nada para fazer, porque ela não só resolve contar a Restauração da Magia Inglesa (vulgo, Magia Moderna Inglesa) como se lembra de inventar toda uma História e Teoria da Magia Inglesa, o que leva a um livro cheio de rodapés e referências a milhares de livros de magia...que espero eu, não existam, senão a outra está lançada na vida, que isto de fazer bruxedos, até a fingir, é muito lucrativo, quanto mais se fossem a sério!

Ora bem, até dá ideia que não gostei nada do livro. O que é mentira. Gostei, e muito. Tem imagens brutalíssimas, daquelas que davam um filme do Tim Burton. Não sei é se vale a pena tanta teoria...uns resumitos sucintos, umas conversitas entre eles, e já estava: ficávamos todos esclarecidos, tínhamos trezentas páginas de livro e um filme na certa. Do Tim Burton, claro.

Registo de chamada

Eu ía escrever um post. Ía. Sobre o último livro que li. Mas antes decidi telefonar à minha mãe.

A minha mãe falou, eu discuti com ela, a minha mãe falou, eu cheguei à conclusão que afinal a minha mãe tinha razão, o meu pai gritou para o ar, depois eu falei com o meu pai, o meu pai discursou ao telefone, eu tentei falar com ele, ele discursou novamente, eu tentei outra vez falar com ele, ele ainda conseguiu discursou mais uma vez, eu desisti, depois falei outra vez com a minha mãe, rimo-nos até nos doer a barriga, e despedimo-nos.



Desliguei. Cinquenta minutos depois.

Exausta.

O outro post fica para outro dia...mas só telefono à minha mãe depois de o escrever!

Amor e uma cabana

Ora a parte do amor já está, só falta a cabana propriamente dita. Como infelizmente por estes lados o dinheiro não abunda e como há uma imensa vontade de ter uma casita de férias/fim-de-semana (visto que arranjar um quintal por estes lados anda difícil...e caro!), há algum tempo que estamos a estudar a hipótese de comprar um terrenito relativamente perto e fazer um pré-fabricado qualquer.

Parece que temos uma alma-gémea dinamarquesa, a Nina Tolstrup, que pelos vistos também tinha o nosso problema, que resolveu assim:



Pronto, ok, a outra não tem problemas de dinheiro (visto que é uma designer praticante de sucesso), tem um terraço na casa de Londres, e pelos vistos sobrou-lhe dinheiro de um outro apartamento que vendeu e resolveu investir o dinheiro assim, mas isso são pormenores de pouca monta.

O que interessa é que era mesmo isto. Mesmo, mesmo! Quem sabe um dia...espero que não muito longínquo!

Coisas que me irritam (introdução)

Isto de escrever tem mesmo destas coisas, umas vezes não me apetece, outras vezes tenho tanta coisa para dizer mas nenhum computador a jeito (e não, manuscrever já não é comigo...o meu cérebro é bem mais rápido que a minha mão!), outras vezes tenho o computador a jeito e o cursor a piscar e nada me vem à cabeça.

Pois bem, e como isto anda muito parado, resolvi iniciar uma série para a qual há sempre assunto.

Segundo diz o A., tudo me irrita. Acho que "tudo" dá assunto para muitos e muitos posts.

Espero eu. Porque ter o computador a jeito e ver o cursor a piscar e não me escorrer nada do cérebro irrita-me. E muito!

The Radical Fruit Company N.Y.

Há muitos anos atrás, uns marketeer quaisquer que trabalhavam para uma pequena companhia que estava afiliada à Pepsi depararam-se com um problema: uma outra pequena companhia afiliada à Coca-cola tinha um novo conceito de sumo (na verdade, refrigerante) de frutas, uma coisa nova, chamada Fruitopia, que consistia na mistura de dois sabores. O problema é que a pequena empresa da Pepsi apenas tinha sumos de fruta normais, que raio, agora não os podiam misturar, ía ser uma cópia dos outros...

O que fazer?? Fácil. Esqueçam o ter de pedir "um sumo de laranja, por favor". Embora fazê-los pedir os sumos mais normais das maneiras mais estapafúrdias. E já agora, dar-lhe uma leve conotação sexual.

E eis que surge a Lemon Osession, a Orange Atraction, a Tropical Passion e a Wild Fruits Seduction. Tudo numa garrafa muito gira. Com um rótulo do mais giro. Isto, claro, há quase duas décadas atrás.

E eu, que sou uma patinha do marketing, caí...que nem uma patinha. E a partir daí uma garrafinha passou sempre a andar perto de mim (nem que fosse vazia e cheia com outra coisa qualquer!......mmm, água, ok?).



Em Portugal nunca os vi à venda, comprava sempre que dava um saltinho a Espanha. Cada vez são mais difíceis de encontrar, mas desta última vez ainda consegui descobri-las numa prateleira escondida num hipermercado.

Aaaah, as memórias que estes sabores me trazem!...os meus verões azuis todos de volta, as férias intermináveis...snif, snif!

Óculos de sol

Estes são os óculos da minha vida (a juntar aos outros dois pares que tenho). Não havia maiores na loja. Acreditem, eu bem que procurei.



Finalmente já posso desfilar pelo Chiado com uns óculos maiores que eu com um ar enfadado.
Agora sim sou digna de lá estar! (e sim, estou a ser irónica).

De volta?

A ausência foi longa. Mas é fácil resumir: depressão pré-férias ("quando é que as férias começam? nunca mais chegam as férias! estou farta de trabalhar! quero férias!"), as férias propriamente ditas ("ai que bem que se está na praia! nhami, nhami, atum! ai que bom que é não fazer nada! vamos passear onde? huuuuuummmmm, que bom que é estar de férias!") e o pior, a depressão pós-férias ("mas por que raio tinha eu de voltar? detesto trabalhar! porque é que não ganhei o euromilhões! quero voltar! estou farta disto! preciso de férias...outra vez!").



...cada vez se torna mais difícil deixar um lugar assim!