Samurai 1947

Folheando uma daquelas revistas trendy que me põem muito mal-disposta e disparando as fúrias do costume enquanto passo pelas produções de moda habituais, de repente vejo a coisa máilinda do mundo: um vestido, ou um casaco, ou uma saia, ou outro vestido.

Lá fico eu muda de espanto a olhar para a peça de roupa que mais parece uma peça de arte (e que já agora convém dizer que para o meu corpinho não se fazem, mas isso são outros quinhentos e um post irado para outro dia).



E invariavelmente olho para as letras pequenas da página que me dizem "opposite page: dress by John Galliano for Dior". Não falha: tudo o que me tira a respiração, tudo, tudo, tudo, é dele!

Como o casaco que saiu este mês na *wallpaper. Como as roupas do primeiro vídeo da Gwen Stefani a solo. E a lista continua...

Enfim. Sou fã. Mesmo que não possa comprar a roupa. Mesmo que não a consiga vestir. Mas bem vistas as coisas, para que raio quero eu um vestido da Dior? Para ir às compras ao Modelo? Por uma vez, fico contente só a olhar...

...agora, o vestido amarelo do anúncio da Miu Miu...bem, isso é uma história completamente diferente...quero-o e quero-o já! Nem que seja para ir às compras ao Modelo!

Kitty said what?

E é esta a minha estreia de vídeos cá no blog...é o medo!

Desenvolvendo uma obsessão muito pouco saudável pela Lilly Allen

...e pensar que a primeira vez que ouvi a música Smile achei-a irritante como tudo ("oh, então esta é que é a rapariga que ganhou um contrato discográfico à pala do MySpace? Que desilusão, é uma musiquinha feliz como todas as outras!")...

...até ver o vídeo e entender a letra, sim, sim, a batidinha e o nome da música induziram-me em erro ("aaaaaaaaaaaaaaaaah! Agora percebo!")...

...e quando saiu o vídeo do ldn...que vestido vermelho lindo, também quero um!...ah, e o sotaque dela, que máximo!



...e depois ela cantou o Heart of Glass junto da Debbie Harris (viva o YouTube)...e foi o fim, o mundo a arder, o álbum a tocar sem parar, estou cada vez a ficar mais e mais viciada, as letras, as misturas, a produção, as roupas, o cabelo...o mau feitio...enfim: tudo!

Ah, e ela tem um blog, que podem ler [aqui], para vossa informação ela só cancelou o concerto do dia 15 de Agosto em Sagres porque está doente, tadinha! Que compreensiva, ficar doente e cancelar o concerto de propósito porque eu não podia ir ver...estão a ver porque é que estou completamente obcecada por ela?

Martinis e pantufas

Os anos cinquenta estão de volta, toda a gente sabe. Mas esqueçam as patilhas, as saias rodadas com poodles, os carros streamline e as jukeboxes.

Imaginem as donas-de-casa à espera dos maridos com martinis numa mão e pantufas na outra, quando elas saem de casa para ir às compras que mala de mão usariam? Estas...



Podem ver outras malas, lenços e almofadas nos padrões máilindos que possam imaginar por [aqui], a designer chama-se Stephanie Waddell, adora seda e decidiu dar à marca o nome dos dois cães que teve na infância: Agnes & Hoss.

E a boa notícia é que hoje em dia nós não andamos feitas parvas a ser sustentadas pelos maridos (bem, pelo menos não a maioria de nós). E que estas malas não são made in the fifties, são de agora para agora onde não precisamos de ter um martini na mão e duas pantufas na outra, apesar de ainda irmos às compras...

Tanorexics

...e eu que pensava que as pessoas que frequentam solários até ficarem cor-de-laranja eram só irresponsáveis!

Afinal, tadinhas, têm uma doença: são viciadas no bronze! E tudo graças às endorfinas que o nosso corpo liberta com a luz solar: há certas pessoas que se não apanham os famigerados raios UVA podem mesmo chegar a ter síntomas de abstinência...

...e quando tiverem quarenta anos vão parecer uma passa mirrada (fora os cancros potenciais)!

Meninos, nas eternas palavras do Baz Luhrman, não se esqueçam, If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.

Estou enervada!

Finalmente descubro-a: aquela que podia perfeitamente ser a casa dos meus sonhos (e nem preciso usar muito a imaginação) a um preço relativamente acessível.

Uma vivendita, um quintal, três quartos, direito a uma salinha de jantar...já me imagino a mudar caixilharias, azulejos, plantar cactos e bambús, colocar piscina ao fundo do quintal, comprar um projector para grandes sessões de cinema al fresco...

...já me imagino a não conseguir o empréstimo por causa da taxa de esforço, a deixar de comer fora nos próximos vinte anos, filhos esses então só para o ano 3000...

E enquanto eu vejo as oportunidades passar e aceno-lhes com um lencinho branco e uma vela, há pessoas que trabalham onde eu trabalho e cuja vida se resume a "ah, agora vou trocar de carro, estou a pensar comprar um carro desportivo de alta cilindrada e farolins redondos, provavelmente descapotável, mas isto só porque estou a entrar numa crise de meia idade" ou então "estou à procura de casa nova, basta um T1, afinal sou só eu e a minha vida fabulosa, só não pode é custar mais de trezentos mil euros".

...frustrada, eu? Enervada, a semana toda? Só me apetece mandar tudo às urtigas, comprar um pão de forma, rodar mundo e decidir que o dinheiro em vez de ajudar só me chateia a mim e toda a gente que eu conheço (que não o tem).