terça-feira, junho 27

Fechado para descanso do pessoal.

Reabrimos por volta de 18 de Julho. Pedimos desculpa pelo incómodo.

domingo, junho 25

Para contrariar as estatísticas

Acusaram-me de ser preguiçosa (o que é rigorosamente verdade) e só para contrariar isto (porque eu para além de um bicho furioso e preguiçoso sou um bicho do contra) vou explicar o porquê da minha ausência aqui do estaminé.

Ando viciada. Completamente. Viciada como há muito tempo não estava. É um atrás do outro e fico superlixada porque não conseguem ser mais.

Livros. Tal como quando era pequena, que a minha mãe às tantas teve que me inscrever na biblioteca porque já não havia livro em casa que eu não tivesse lido, porque os que ela me comprava duravam um dia ou dois e assim não havia ordenado que resistisse.

O meu truque agora para os livros me durarem mais é lê-los em inglês, porque mal ou bem o esforço acaba por ser maior e a leitura mais lenta. E claro, o trabalho ainda me ocupa dez horas por dia, o que me deixa muito pouco tempo livre para ler. E leio e leio e leio e leio.

Depois tenho que balançar os autores densos com os autores mais leves (e digestíveis). Porque eu até tentei ler o Haunted do Palahniuk logo a seguir ao Lunar Park do Brett Easton Ellis, mas a sério que é demais até para o meu vício. E assim pelo meio sempre se mete um Nick Hornby...

E para contrariar as estatísticas num país onde uma pessoa lê em média para aí um livro cada cinco anos, cá estou eu com cinco já lidos (durante este ano) e três que vou absolutamente devorar durante as férias, enquanto torro de barriga para baixo na praia, saboreando uma bola de berlim sem creme, ainda a escorrer água salgada.

E ainda vou pensar em levar um da Jane Austen para a minha releitura anual (quantas vezes é que se consegue reler tanto Pride and Prejudice como Mansfield Park? Eu já devo ir pela sexta, tanto de um como de outro). Ou então o Wuthering Heights (mas desta vez tenho que arranjar uma edição em português, o sotaque do Joseph deixa-me maluca...).

Portanto, se eu desaparecer outra vez, é para bem do nosso povo: estou a tentar elevar as estatísticas de cultura (mesmo que seja lendo em inglês).

sábado, junho 24

Kola San Djon

Muito se ouve falar da Damaia, dos bairros problemáticos da Damaia, "ah, eu não me importo de morar em qualquer lado, só não queria mesmo era morar na Damaia por causa dos assaltos", que chatice para o concelho da Amadora ter estes problemas de exclusão social, "iiiihhhh....moras na Damaia..." e é Damaia para aqui e Damaia para ali e na verdade acho que ninguém sabe mesmo o que é que se passa por cá.

Para dizer a verdade, nem eu, que já moro por cá há quase dois anos e que de tudo o que se diz não vejo nem metade. Vejo que a Damaia está mesmo ao lado de Lisboa e que o preço das casas é bem mais baixo (a mim dá-me mais jeito ir ao Mercado de Benfica agora do que propriamente quando morava em Benfica...é muito mais perto! Tal como a estação de correios de Benfica fica muito mais a caminho do que os correios da Damaia...), que pelo menos cá pela Damaia de Baixo isto até parece uma vilazinha, bancos, supermercado, pastelaria (já agora, com os melhores pastéis de nata de sempre) e pizzas take away muito, muito boas e feitas na hora, pessoas sempre a passar na rua e nem a farmácia fica longe de casa.

E apesar de chegar sempre tarde e a más horas do trabalho e morar a apenas uma porta de distância de um dos bairros difíceis nunca tive problemas (bem, tive um, de estar a ver de balcão assaltarem o Fiat Uno do meu namorado, mas pronto, foi a brincadeira de sábado à noite da criançada - o assaltante mais velho devia ter uns treze anos - e pronto, em parte a culpa foi nossa, enfim, os Fiat Uno já são lendários neste tipo de brincadeira e devíamos ter tido mais cuidado) e o que é certo é que mais do que um amigo meu que vive bem no centro de Lisboa já teve problemas bem mais graves...

Este apanágio todo da Damaia é porque de facto as coisas não são bem como as pintam e hoje foi mesmo o dia de deixar de dormir no subúrbio e acordar para a vida, e tudo por causa de um almoço combinado...bem mesmo no centro da Cova da Moura!

Nós casa!!

E lá vive-se, trabalha-se, dorme-se, festeja-se (muito!), matam-se saudades (muitas vezes de sítios que não se conhecem), dança-se (muito mesmo!) e come-se (muito bem!). E ao contrário do que eu pensava quem vive na Cova da Moura não se quer fechado, quer mostrar-se, quer conviver e dançar e comer e festejar com pessoas de fora.

E apesar dos problemas (que os há, há droga e há armas e há violência e desemprego e essas coisas todas) lá se vai festejando a Kola San Djon, a festa de São João que lá em Cabo Verde mete pessoas vestidas de barco, muita música e muita kola ("então?então?" gritava hoje uma senhora desesperada para dançar). E noutro dia qualquer lá se festeja outra coisa, nem que seja o fim-de-semana,porque é fim-de-semana e ao fim-de-semana ninguém se deita de noite...espera-se sempre pela manhã!

E eu gostei muito de lá ter ido e vou gostar de lá voltar (ficou prometida a cachupa de atum...nham, nham!).

quinta-feira, junho 22

Então, já estão com saudades?

...ou ainda tenho que me baldar mais um bocadinho????

quinta-feira, junho 1

O último suspiro (ou como eu devia ter pesquisado melhor antes de ter escrito o último post)

Pelos vistos dia 4 de Agosto vai mesmo sair a última fornada SingStar para a Playstation2 e já estou agora a começar a sentir o dilema formar-se: compro logo já agora ou será que apanho nesses €30 e ponho no mealheiro da PS3?

Mas como é que vou conseguir resistir a um SingStar Anthems carregado de música disco?? Como??

Vai ter a Gloria Gaynor e o seu I will survive, tal como a Donna Summer e o I Feel Love!! Já para não falar do Kids in America da Kim Wilde que eu ando a cantar acompanhada de IPod (o que não é de todo a mesma coisa...). E a Bonnie Tyler e o seu Total Eclipse of the Heart (classificada por Tom Reynolds como a quarta música mais deprimente de sempre na sua lista de 52...já alguém leu o livro dele, I Hate Myself and Want to Die? É só hilariante...e nem é necessário conhecer as músicas...).

Pronto, citando uma pessoa que é bem mais sábia que eu, "estou feita ao bife".

Já agora, esta notícia não a descobri no site oficial da Playstation, portanto ainda não é oficial...

Lá vou ter que comprar uma PS3...

Dizia-me o André aí há uns meses que o SingStar era um desperdício de dinheiro porque pelo menos metade das músicas não eram usadas...que o que seria mesmo bom era que existisse uma loja online onde cada pessoa mandasse fazer um SingStar feito à medida, onde só se compravam músicas de que se gostasse realmente. Pois...tinha toda a lógica do mundo, pois claro, para o utilizador (disse-lhe eu) mas para a Sony não havia de dar grande lucro, estar a mandar fazer milhões de cds todos diferentes. em outras palavras, "Tás parvo ou quê?".

Agora publicamente tenho que me retratar, pedir desculpa ao André (que pelos vistos é um génio e vive comigo mesmo debaixo do meu tecto) e enfrentar o facto que vou ter que começar a juntar dinheiro desde já não só para comprar uma PS3 (ouvi dizer que ía custar cerca de €500, auch!) como para comprar o novo Singstar. Até porque depois deste, acabaram todos os outros (e algo me diz que Singstar para a PS2 vai ser uma antiguidade e nunca mais vão lançar mais nenhum....buaaaaaaaaah!)

PS3 Singstar

O novo Singstar-faça-você-mesmo vai poder ser ligado à net (mais precisamente à SingStore) onde se pode comprar todas as músicas que se quiser (desde que pertencentes à carteira da SonyMusic, como é óbvio...). Dizem os da Sony que as músicas não vão custar mais do que no ITunes...(pois, pois, palavras, palavras...como é que um vídeo programado para karaoke vai custar o mesmo que um vídeo simples?).

Para além de podermos fazer o SingStar que quisermos podemos partilhar fotos e actuações com os amigos...enfim, só espero que possa usar a minha net para ligar à PS3, porque uma ligação nética exclusiva para a PS3 mais os milhões de músicas de que vou fazer o download há-de sair um cadito caro (acho que existe um limite de 500 vídeos...o que dá horas e horas de cantoria, para alegria dos meus vizinhos)...em resumo, a Sony vai levar-me à falência.

Save Ferris

Vamos perdoar ao John Hughes o facto de ele ter escrito o Home Alone e vários Beethoven, filmes praga que nos perseguem de vez em quando aos Domingos à tarde e concentrarmo-nos nos estranhos momentos de genialidade que de vez em quando o assolam. E apesar de serem apenas de vez em quando, eles existem.

Acabei agora mesmo de ver um desses raros momentos (nota-se muito que estive de folga??). Foi em 1986 e é um daqueles fantásticos filmes-de-adolescentes-oh-tão-anos-oitenta (e que já todos vimos mil vezes): chama-se Ferris Bueller's Day Off ou o previsível título português O Rei dos Gazeteiros (como se o filme fosse apenas sobre um rapaz que decide faltar à escola...).

Quer dizer, de certa maneira é apenas sobre um rapaz que decide faltar à escola arrastando o seu melhor amigo e a sua namorada para um dia memorável na cidade grande que envolve uma almoçarada num restaurante super-chique, uma visita ao museu, revolucionar toda uma parada de imigrantes alemães e fazer tudo isto tendo como meio de transporte um Ferrari.

O rei dos gazeteiros

Parece que o sistema de ensino fascizóide americano de nem sequer se poder correr nos corredores não leva a melhor a este rapaz, que planeia exaustivamente o seu último dia de folga enquanto estudante de liceu...E como todos nós sabemos, um rapaz tão popular tem que ter alguns (invejosos) inimigos, que neste caso são a sua própria irmã e o frustrado director da escola.

Para além dos clichés de uma comédia deste tipo (que os há) também há algumas surpresas: a banda sonora que realça as cenas do filme, as vezes em que olhar para lá do primeiro plano vale bem a pena e a história para além da superfície (que agora até pode não fazer sentido, mas quando temos dezassete anos, problemas com os pais e estamos quase a ir para a faculdade não nos podemos deixar de rever em alguma das personagens do filme...).

E sobra sempre tempo para um conselho, dado pelo próprio Ferris Bueller: "Life moves pretty fast. If you don't stop and look around once in a while, you could miss it."