sexta-feira, setembro 29

Uma verdade inconveniente

Acho que todos nós sabemos muito bem o que é o efeito estufa, o que é o sobreaquecimento planetário e os efeitos que isso está a causar no nosso planeta, no nosso clima e consequentemente nas nossas vidas.

Os glaciares que derretem, as cheias e as secas, as tempestades que cada vez são mais fortes, os furacões que cada vez são mais frequentes, os Verões cada vez mais quentes são razões mais que suficientes para que um alerta a nível global seja dado e de forma urgente.

E sabe-se lá porquê, esta causa nobre encontrou um porta-voz invulgar, não só porque essa pessoa é natural de um país que sozinho contribui para metade dos gases que poluem e destroem o nosso planeta, mas que por coincidência das coincidências até já foi vice-presidente do país que para além de ser o maior poluidor do mundo ainda se recusa a assinar o tratado de Kyoto (que visa justamente reduzir a emissão de gases poluentes).

Ora bem, vou publicar a fuça dele para que ninguém se esqueça de lhe cuspir na cara por se alguma vez se cruzarem na rua (ou onde quer que seja):

Al Gore

Aqui têm a pessoa que enquanto foi vice-presidente (ok, ok, já sabemos, o cargo de vice-presidente nos Estados Unidos é assim a puxar para o fantasma, mas quer-se dizer...alguma coisa ele há-de fazer!) não fez nada de nada de nada de nada para resolver nem sequer parte da situação, e que agora se dedica a dar palestras pelo mundo fora por causa do coitadinho do nosso planeta, temos que agir, temos que agir, e temos que agir (sem se esquecer de focar sensacionalisticamente todos os cataclismos e mais alguns, incluindo o furacão Katrina).

E pergunto eu...mas só agora é que ele se lembrou? O filho do Bush, já sabemos, não ajudou em nada a situação, mas desculpem lá, este documentário não passa de propaganda política e de auto-promoção.

Portanto, irrita-me esta posição de "eu quero salvar o mundo" porque enquanto esteve numa posição um tanto ou quanto mais apropriada para o fazer não o fez.

E pronto, aqui estou eu a falar cheia de consciência ecológica mas também não devia porque os meus pecados ecológicos vão para além do mencionável, e não vai ser agora que me vou confessar culpada de não andar de transportes públicos, de não reciclar e de outras coisas que tais...(mas não jogo pilhas nem medicamentos para o lixo, o óleo de fritar é sempre um problema para mim porque nunca sei onde o colocar - ultimamente vai para o lixo dentro de garrafas velhas - e pronto, não reciclo mas reutilizo, do mal o menos).

Mas pelo menos nunca fui vice-presidente...

quinta-feira, setembro 28

Thinking of you

Quando eu era pequena, queria ser patinadora artística. Uns anos mais tarde, decidi que o que queria ser mesmo era escritora. E pelo meio, o meu sonho era ser princesa-bailarina.

Faltas de inspiração, equilíbrio, talento ou pedigree impediram-me de cumprir os meus desejos, que de facto com o tempo mudaram mesmo para Não sei o que vou ser quando for grande (e note-se que isso do Não sei... ainda hoje se mantém...).

Mas a princesa-bailarina que um dia eu quis ser ainda está latente algures por aí, vem daí o meu gosto por tiaras (eu ainda hei-de ter uma!), cor-de-rosa e palácios.

E um dia, quando tiver o meu palácio, vou enchê-lo de coisas como esta:

Thinking of you, now


Foi desenhada pelo Tord Boontje, e como (quase) todas as coisas que o Tord Boontje faz tem ar de que saiu direitinho de um conto de fadas (é que o Tord Boontje quando era pequeno queria quase de certeza ser fada-madrinha).

Mostro a Thinking of you now como podia ter optado pela Thinking of you forever ou pela Thinking of you here, todas lindas, as três igualmente inúteis porque não podem conter flores, mas para quê conterem flores quando floridas já elas são?

Podem ver as outras jarras [aqui], e reflectir sobre como é que uma simples folhinha de metal se consegue metamorfosear em material de conto de fadas (ou como quem diz, de princesas).

Obras em casa III

Então, como é que está a correr? ,pergunto eu.
Mais ou menos. ,responde-me ele.

Medo. Muito medo mesmo!

Porque ele depois remata com um Que chata, sempre a fazer perguntas!

Medo, disse eu? Terror, pânico!

quarta-feira, setembro 27

The L word

Estou viciada; a lésbica que não há em mim decidiu que a série que passa lá pela 1 hora da manhã na 2 com direito a bolinha e tudo é viciante, e não se consegue fartar daquilo.

Sim, porque mesmo que eu tivesse algum tipo de fantasia lésbica juro-vos que acabou assim que vi um episódio daquela série, oh gente complicada, "ai agora sou lésbica mas estou casada", "a minha irmã é uma bêbeda", "estamos grávidas mas agora já não estamos", "eu agora durmo com todas", "estou apaixonada pela minha melhor amiga" e, pessoalmente a minha favorita, "estou farta de gajas agora quero é mesmo um gajo mas o gajo pensa que é lésbica" (juro que não inventei, há mesmo um episódio assim!).

Toda esta salganhada com muita cena de sexo à mistura, muitos beijos e muitas mamas que hão-de fazer concerteza as delícias de muito rapaz heterossexual (tirando o A., que é o único rapaz que conheço que não tem a fantasia das lésbicas e que fica furioso cada vez que vê uma cena de sexo entre elas que segundo ele são só feitas porque sim, para chocar o mais que se possa).

Eu quero cá saber de choques, aquilo é giro e pronto, a diferença é que em vez de serem rapazes e raparigas são raparigas e raparigas, todas muito giras e com roupas giras e penteados giros e profissões giras...

The L Word

...seja como for, continuo com o meu pensamento de sempre: mesmo que eu fosse rapaz era gay, porque isto de aturar gajas...já basta aturar-me a mim própria!

terça-feira, setembro 26

Do cinismo, da falsidade, da vingança e de outras coisas...

Isto de trabalhar numa loja de um centro comercial qualquer tem muito que se lhe diga, até porque só em si aquilo é um microcosmos, quanto mais com todas as pessoas que entram por ali adentro todos os dias (às vezes, com a única missão de nos chatear a cabeça).

Claro que em todos os locais de trabalho é assim, há as pessoas com quem nos damos bem, há as pessoas com quem não nos damos, e há as pessoas que desejamos não ter que nos dar, mas que lá estão elas todos os dias ali bem debaixo do nosso nariz.

E depois há aquelas que nem se sabe muito bem, por um lado parecem inteligentes, por outro são burras que nem uma porta, por outro até podem ser ingénuos (só que ninguém é assim tão ingénuo, pois não?) e por outro lado ainda parecem tão boas pessoas, embora talvez um pouco distraídos...até que por fim mostram as suas garras e pronto, ah, pronto, agora finalmente percebo!

Ou seja, como é que uma pessoa pode ser cínica a tal ponto? E atenção, infelizmente na nossa sociedade muitas vezes o cinismo é de uma vital importância e até mesmo eu que por norma sou brutalmente honesta tenho que me socorrer dessa arma - e até mais vezes do que gostaria, porque isto do atendimento ao público tem mesmo dessas coisas: "É-tudo?-diz-ela-com-um-sorriso-muito-amável-enquanto-na-verdade-está-a-imaginar-quão-lindo-ficaria-o-cliente-com-uma-faca-espetada-bem-no-meio-das-costas!".

Pois todas estas considerações a propósito de uma pessoa que trabalha comigo de uma incompetência quase inacreditável, que parece que ou não quer aprender ou não consegue aprender e pronto, que não basta termos que lhe dizer mil vezes como é que se faz uma coisa como assim que a aprende fá-la mal. Uma pessoa que qundo trabalha connosco até atrapalha mais do que ajuda (excepto enquanto repõe, lá repor até sabe ele) porque não basta ter que me preocupar comigo e com o que estou a dizer, tenho também que ouvir tudo o que ele diz e corrigi-lo sempre que necessário, e infelizmente é mesmo muito necessário a maior parte das vezes.

Note-se que eu não o faço por ele, mas por mim, porque aquelas pessoas a quem ele dá informações erradas atrás de informações erradas vão invariavelmente voltar à loja e fazer um escândalo porque o colega disse que podia ser, e como o outro só trabalha aos fins-de-semana os berbicachos sobram é mesmo para os outros. Mas meus caros amigos, isso era antes, porque agora nem quero saber. Ele que diga o que disser, que continue a fazer asneira atrás de asneira, porque vou deixar de o encobrir.

É o que se ganha quando eu quero ajudar e ainda recebo respostas do tipo "Não, não estou nada chateado contigo, eu até me ri do que me disseste porque tinha autorização de um chefe" (enquanto isto, ele estava tão completamente chateado que esta resposta foi mesmo completamente...cínica!).

Óptimo. Ainda bem que os chefes estão cá para isso. Porque agora cada vez que ele me perguntar como é que se faz isto, se isto existe em stock, se isto se pode fazer, há-de haver com toda a certeza um chefe que lhe possa elucidar muito melhor do que eu. E de cada vez que ele fizer asneira, disser uma coisa errada, vender uma coisa errada, com toda a certeza mesmo há-de haver um chefe que vá saber também. E o melhor de tudo é que eu nem vou ter que sujar as mãos, visto que ele sozinho consegue dar conta do recado.

E nem vou ter que ser cínica. Basta deixá-lo ser ele próprio.

segunda-feira, setembro 25

Ok go II

Depois de uma busca exaustiva no YouTube (site que eu gostaria francamente de ter inventado, porque vale sempre a pena inventar coisas destas, especialmente hoje que descobri que os engenheiros de garagem que o criaram querem vendê-lo por 1200 milhões de dólares...) descobri que os Ok Go ou têm amigos muito influentes ou estão mesmo, mesmo numa zona criativa só deles...

É que vocês têm mesmo de ver este [aqui], e também não podem deixar de ver este [aqui]...

Estou viciada!

domingo, setembro 24

Ok go

Há que séculos não via um vídeo que me deixasse de boca aberta, até porque por qualquer razão que infelizmente consigo descodificar os videos mais alternativos passam a horas impróprias para o meu consumo e como todos nós já sabemos os vídeos comerciais não passam de meninas bonitas a rebolarem-se por aí.

E um dia não se sabe muito bem porquê passam ok go e eu nem queria acreditar no que estava a ver. Em relação à música? Nem sei se gosto, na verdade acho que nem a ouvi muito bem...e confesso que estou aqui a tentar lembrar-me do título da música e não me escorre nem por nada!

...mas o vídeo...

...é brutal, e o melhor é que estes meninos até se atreveram a fazer uma actuação igualzinha ao vídeo ao vivo nos VMA's deste ano.

É uma lição para todos: como fazer um vídeo fantástico gastando o menos possível...e num take só!

Vejam-no [aqui], que eu bem tentei colocá-lo nestas paragens mas não consegui...já sabem, são as dificuldades do costume, e o YouTube a dizer-me que a password não corresponde ao meu blog. Dá-me ideia que eles sabem muito melhor qual é a password...espero que seja ainda um erro e que esteja relacionado com esta cena do betablogger (que eu devo ser a única pessoa que não se queixa dele, mas isso pode mudar a qualquer instante!).

sábado, setembro 23

El Bicho Furioso de Otoño (esta é uma piada para quem vê a TVE...se quiserem logo explico!)

Adoro o Verão e a Primavera, simplesmente odeio o Inverno, mas o Outono dá-me para isto: para a melancolia e para a nostalgia.

Sempre foi assim, desde miúda: os dias a ficarem mais pequenos, o frio a chegar a pouco e pouco, o sol a perder calor, o céu muitas vezes cinzento, a praia a ficar deserta, as férias a acabar, a escola mesmo ali a começar, os meus amigos que deixavam de estar de férias e que por isso deixavam os Algarves...comprar os cadernos e a roupinha para estrear no primeiro dia de aulas, e cá estava eu quase pronta para a depressão que é o Inverno-mais-a-chuva-mais-o-frio-mais-as-toneladas-de-roupa-que-sou-obrigada-a-vestir-e-que-por-isso-mesmo-não-visto-logo-passo-frio e o Natal que ali vem e que eu odeio desde os meus dez anos em que toda a gente decidiu que eu era grande demais para brinquedos (o que até nem era bem verdade visto que ainda hoje gosto de brinquedos).

E o Outono que começa a ser uma ideia torna-se de facto numa realidade com um cheiro: as castanhas assadas dos vendedores de rua...como é que uma coisa que cheira tão bem sabe tão mal (não aprecio castanhas assadas) é para mim um mistério!

Como comprar cadernos e roupa para o primeiro dia de escola já não é necessário há algum tempo, resolvi começar uma nova tradição de Outono, renovando o blog com um cabeçalho todo feito por mim (e muito sazonal) e que foi uma aventura só para o colocar no sítio (eu e o HTML somos meros conhecidos, nada de muitas confianças).

Portanto já só falta ver o vendedor de castanhas (e cheirar as castanhas assadas) para que o Outono comece como deve de ser!

quinta-feira, setembro 21

Um portátil estiloso

É assim tanto pedir um pc portátil que seja estiloso? Quer dizer, ou somos Mac e estamos todos contentinhos da vida, supéfashion e drop-dead-stylish ou então somos todos corridos a portáteis cinza-metalizado (isto anda parecido ao mercado automóvel, daqui a nada dizem-me que só vendem portáteis cinza porque o mercado só pede portáteis cinza, sem se esquecerem de me dizer que "se quer o portátil roxo com bolinhas verdes vai demorar três meses e até lá anda a pé e é se quer" - já não sei se estoua falar de carros ou de portáteis mas juro que a conversa é mesmo esta).

Tudo isto porque acabo de descobrir que os amaricanos lá das Amáricas, os amiguinhos da Oprah, não só têm direito a portáteis às cores: sim, às cores, venha o diabo e escolha entre o azul, o verde ou o rosa, como têm portáteis aos desenhos. Sim, aos desenhos!!!

Vaio Graphic Splash Edition

E tudo para descobrir que nós europeus, minimalistas do grelo, vá lá, ainda vamos ter direito ao branquinho-cor-da-neve-quero-ser-um-mac-só-que-não-sou. E não, eu não queria ter um portátil desenhado (a não ser que o desenho fosse uma enorme, gigantesca e fantástica Hello Kitty). Mas já agora queria poder dizer que "não, não quero comprar um portátil com padrão" em vez de dizer "não, não posso comprar um portátil com padrão, e, já agora, nem sequer um às cores".

Porque há uma grande diferença entre querer e poder. E eu juro que odeio quem faz o raio dos estudos de marketing que diz que cá em Portugal só se vendem coisas cinzentas. Mas afinal que raio sou eu, amaricana? Chiça! 'Tou furiosa!

Escola dos anões

A dona Graciete, professora à antiga, com laivos de direita que nos obrigava a rezar ao início e ao fim da aula, que não hesitava em usar uma régua que de régua só tinha o nome, porque escala não tinha e era bem mais grossa que uma régua normal, que de vez em quando perdia a cabeça e nos deixava jogar ao mata durante o tempo de aula (apesar de nós fazermos muito barulho) e que encorajava as minhas longuíssimas composições com classificações que ela inventava (acho que fui a única miúda que apanhava Óptimos com ela) ensinou-me bem.

Foi ela que ofereceu o primeiro livro que eu li, chamava-se a Escola dos Anões e ofereceu-mo ainda eu não sabia ler, durante meses e meses folheei o livro e inventei histórias para as imagens. E um dia, comecei a juntar letras, ainda o ano não tinha acabado, e percebi para meu grande espanto que a história que o meu livro contava era em tudo diferente da história que eu imaginava. Comecei a pensar se não seria assim com todos os livros, e por consequência comecei a ler todos os livros a que me podia agarrar, e os títulos que sugeriam uma coisa, junto com as capas, eram sempre, sempre diferentes daquilo que eu imaginava. A minha curiosidade tinha que devorá-los.

E como sempre li muito sempre consegui evitar certos erros básicos a português que costumo ver por aí (isso e as palavras difíceis que a dona Graciete nos obrigava a fazer como trabalho de casa todos os santos dias...confesso que já na tabuada não houve grande sorte, porque apesar de nos obrigar a escrevê-la todos os dias várias vezes cada uma ainda hoje a tabuada dos sete anda muito tremida...).

Por isso, odeio ver que há gente que consegue o grande feito de escrever "você" com c de cedilha. Ou achar que por qualquer razão palavras que acabam em "mos" por qualquer razão têm que estar separadas por um hífen. Fico muito, muito furiosa. Não espero que todos sejamos um poço de cultura e rectidão mas acho que há limites para tudo. Até para as cedilhas. E para os hífens.

E a minha professora, que eu sonhava que um dia conseguisse ensinar os meus filhos tão bem quanto me ensinou a mim, mas que entretanto se juntou já há muitos anos aos que não convivem connosco neste planeta, pelos vistos saiu dele cedo demais; aparentemente, ainda há muitas reguadas que ficaram por dar.

segunda-feira, setembro 18

Obras em casa II

Se vocês estivessem a fazer obras em casa e vissem o senhor homem das obras a pôr estuque com as mãos não ficavam assustados?

Pois foi o que eu vi (e fiquei assustada!).

Desculpa, A., é mesmo só para te irritar, e se com este post não te arranco um comentário, desisto!

Guest starring

Sou eu, [aqui].

E muito orgulhosa de o ser (e muito lisonjeada pelo convite, foi sem dúvida uma honra do tamanho do mundo!).

Abat-jour

Lá numa loja qualquer de um cento comercial qualquer vendem-se abat-jours. De várias cores. De vários materiais.

Mas a pergunta que invariavelmente surge na compra de um abat-jour é sempre a mesma: "Mas isto deixa mesmo passar a luz? Não é opaco demais?".

Mas afinal para que é que serve um abat-jour???? Estarei enganada ou é mesmo para tapar a luz, para que a luz da lâmpada não nos encandeie??

DUH!!!

sexta-feira, setembro 15

Desnaturada

Eu sei que sou uma amiga desnaturada: não ligo, não mando mails, não combino saídas, não dou notícias, digo que logo combino qualquer coisa e depois nunca mais, e logo eu que tenho os horários do inferno que ninguém dá conta quando é que estou de folga ou quando é que estou a trabalhar...

...o que não quer dizer que eu não me lembre muitas, muitas, muitas, muitas vezes de todas as minhas amiguinhas...mas também quando não há novidades para contar, que coisas tenho eu para contar?

"ainda trabalho no mesmo sítio, ainda estou farta, ainda espero que saia alguma coisa de jeito dali, ainda moro na mesma casa, que ainda está desarrumada"...quer-se dizer, dizer isto uma vez ainda é como o outro, agora dizer sempre a mesma coisa...enfim!

Em resumo: apesar de não dizer nada durante anos, adoro-vos, e vocês sabem quem são, oh pessoas tão fabulosas que estão incluídas na minha lista restritíssima de amigas (que é mais exclusiva que um night-club secreto em Londres daqueles que se paga €10000.00 só para perguntar se podem ir para a lista de espera).

Mas fica a promessa de que vou tentar (imenso) dar mais notícias, fazer mais esforço por combinar coisinhas, nem que sejam karaokes,visitas-relâmpago a casas-bunker, raptos indiscriminados ou viagens a Huerva, ok?

Beijocas para vocês, que apesar de não partilharem a minha vida todos os dias partilham-na sempre!

Obras em casa

Quando uma parede tipo rebentou-aqui-uma-bomba-portanto-está-tudo-em-cimento-meio-desfeito-e-até-se-conseguem-ver-partes-do-tijolo fica melhor num corredor do que azulejos até meio da parede (sem esquecer o belo do friso de madeira) é porque os azulejos são mesmo, mesmo, mesmo feios.

Isso ficou provado hoje cá em casa.

quinta-feira, setembro 14

Magica The Spell

Dizem que Carl Barks se inspirou na Sofia Loren, na Morticia Addams e na Maleficent (da Bela Adormecida, não sei se se lembram, é só a outra que está com dor de corno porque não foi à festa e manda o feitiço da roca encharcada em Valium) para criar a fantástica bruxa chata que dá cabo da cabeça ao tio Patinhas e sobrinhada pataruda. Estava-se em 1961 e a ideia era mesmo criar uma bruxa completamente diferente de todas as bruxas que imaginamos: jovem, gira, sedutora, amoral e um bocadinho (só um bocadinho) sinistra.

Maga

Disse-me o Don Rosa (pessoalmente, sim, que eu sou muito chique e já conversei com um dos grandes desenhadores da Disney, especialista em tudo o que é patos) que ele sabe logo que quem lhe pede um desenho da Maga Patalójika é um grande fã das aventuras do Patinhas e sobrinhada.

Toda esta informação absolutamente inútil (não adoramos todos a Wikipedia?) é mesmo para ti, que és fã dela, tanto ou mais do que eu. Ainda continuo em denial, para mim vais de férias e daqui a uma semana ou duas estás de volta a chatear toda a gente, a opinar, a mandar vir, a rir, a ser maléfica e amiga e engraçada. Vais fazer falta, eu acho que sim e há muita gente que também acha, e quem não acha também não interessa...

Obrigada pelo mail, foi tão fixe quanto mencionarem o meu nome nos agradecimentos de um disco ou de um livro!

E já agora: tudo do melhor, do melhor, do melhor, que as tuas escolhas sejam sempre as tuas escolhas e não o que escolherem para ti, muita muita muita sorte e que traduzas este mundo e o outro!

Muitas beijocas, e apesar de não podermos estar juntas a espalhar feitiços e mau feitio pela loja dos infernos, ainda há-de haver muito jantar, muitas saídas, muitas compras de ver e alguns raptos pelo meio - e aguardo ansiosamente pelo teu blog, que assim que se publicar vai direitinho para o cantinho dos links!

segunda-feira, setembro 11

Teoria da conspiração

É hoje que se celebra (se é que se pode celebrar algo assim) o quinto aniversário do dia que alguns optaram por chamar (um tanto ou quanto egocentricamente) o dia que mudou o mundo.

Lembro-me de há cinco anos atrás estar a fazer zapping e parar na CNN e ficar a olhar de boca aberta para o ecrã de televisão e a não conseguir digerir muito bem o que se estava a passar. E lembro-me de chorar muito por causa das pessoas que naquele dia se levantaram cedo, despacharam, apanharam transportes públicos e foram fazer aquilo que todos nós também fazemos todos os dias porque temos contas para pagar: trabalhar. E que por isso mesmo morreram.

Porque é isso que me chateia nos actos terroristas e, já agora, nas guerras em geral: não são eles, os presidentes, os generais, os ministros, os secretários de estado, os diplomatas, os deputados, os almirantes e todas as pessoas que de facto mandam e podem (ou não) evitar as coisas que saem prejudicados, mortos ou aleijados nos campos de batalha. Sou eu, os meus amigos, a minha mãe ou o meu pai, o meu namorado, ou os amigos, a mãe, o pai, o namorado ou o irmão de outro civil qualquer que são feridos ou mortos num acto terrorista ou numa guerra, e que vai na volta nem votou nas últimas eleições. Desculpem, mas continuo sem achar que o fim justifica os meios e ainda acredito firmemente que há outras formas de lutar. Porque alguém que anda num comboio porque tem mesmo de andar porque não tem outros meios de chegar ao seu emprego porque este até nem dá para pagar o carro ou até mesmo a gasolina não tem que morrer porque um gajo que anda de limusine o dia inteiro para lá e para cá conduzido por um motorista cometeu uma decisão errada. Mas isso sou só eu a falar...

...e falar por falar, sim, acho que a política externa dos Estados Unidos durante a administração Bush só podia dar no que deu. E também não vou esconder que naquele dia, lamentando imenso todas as vidas inocentes que se perderam, não consegui deixar de me sentir fascinada pela simplicidade de um plano que desvia quatro aviões e põem o suposto país mais forte e rico do mundo de pantanas. Mas...não terá sido simples demais?

Como qualquer pessoa de esquerda, tenho esta tendência para adorar teorias da conspiração que afirmem que o pessoal de direita fez merda. E por isso mesmo tenho um enorme cuidado em acreditar até mesmo nas próprias teorias da conspiração, porque de facto são mesmo o que eu desejo ouvir. E porque infelizmente sei que os factos, para uma leiga como eu, são facilmente deturpáveis. Quer dizer, vem um engenheiro perito em estruturas e diz-me que o combustível em chamas pode ter derretido a estrutura de um edifício e consequentemente provocar a sua demolição e eu acredito. E se vier um outro perito e disser que isso é completamente impossível eu acredito também. Que raio percebo eu de estruturas?

Agora... ... ...eu até posso ser muito tapadinha, mas que no Pentágono não há Boeing nenhum lá espetado não há. E que o famoso voo 93 carregadinho de heróis se despenhou no meio do nada, desculpem lá, mas também não cola...que é feito dos destroços do avião, então? Cá para mim, meus amigos, mísseis, mísseis a montes, enviados pelo pai do outro (sim, porque o Bush Jr., desculpem lá, não passa de um fantoche nas mãos do pai...) para que ele finalmente conseguisse acabar o que começou em 1990 mas que não conseguiu: controlar o Iraque. Mas como dizer que tinha sido o Saddam era muito óbvio e como seja como for o oleoduto que a empresa dele queria montar no Médio Oriente tinha que passar pelo Afeganistão à mesma, deixam que o ataque terrorista aconteça e, quem sabe, dão uma ajuda, o Bush já pode ter a sua guerrazinha no Afeganistão e, ah!, já que aqui estamos mesmo ao lado, 'bora também atacar o Iraque...pois sim!

Sabem o que eu vos digo? BAH! E se algum dia eu tenho o azar de perder alguém que me é querido num ataque terrorista qualquer, eu perco a cabeça e eu é que me armo em terrorista, mas vou ser um bocadinho mais inteligente: vou mesmo até à fonte. E os ministros, presidentes, almirantes, generais e outros que tais que se cuidem. Afinal, se um lunático meio comunista como o Lee Harvey Oswald sozinho com uma espingardeta consegue matar o homem mais poderoso do mundo, porque não o hei-de conseguir eu?

Será que ainda há balas mágicas à venda?

domingo, setembro 10

Yoda Yoda Yoda

Confesso que nunca tinha visto, mas chegado o dia em que finalmente vi, apetece-me comentar a cena do Star Wars II: Atack of the Clones em que o Yoda se vira para o Count Dooku e diz-lhe que sente que ele se virou para o lado negro da Força.

Por favor, Yoda, é mesmo necessário sentir e despender tal quantidade de energia? Será que não é mais fácil ver e perceber que o sabre de luz do outro é vermelho?? DUH!...é que toda a gente sabe que os sabres dos Jedis que se viraram para o lado negro são vermelhos, enquanto os dos bonzinhos mantêm-se verdes ou azuis...

Já agora, alguém que seja mais nerd que eu tem alguma teoria sobre o porquê disto acontecer? Mas os sabres de luz têm sensores de bondade ou quê??

...e já, já procurei no site mas pelos vistos eles acham que esse facto é completamente normal e não mencionam nada sobre o assunto cromático da coisa.

Let them eat cake

...e deixem-nos a nós, passados sei lá eu quantas centenas de anos (três, mais coisa menos coisa) ainda boquiabertos com o que se passava lá pela corte da Marie Antoinette.

E a coisa ainda hoje dá pano para mangas, venham documentários, e livros, e séries de televisão e filmes...como este:

Marie Antoinette

Se é bom ou mau, não sei nem me interessa. O cartaz meio kitsch, meio punk, meio barroco já me faz criar certas expectativas, o site do filme é muito, muito bom (podem vê-lo [aqui]), o trailer cria água na boca (literalmente, acho que não via tanto bolo com tão bom aspecto há muito tempo) e last but not least é da Sofia Coppola. E está a estrear por aí...não sei muito bem quando, mas não tarda...

Há apenas um inconveniente: já sei como o filme acaba...

quarta-feira, setembro 6

6teen

Sou só eu, ou não há qualquer tipo de paciência para este programa mais as suas duas apresentadoras?

Coitadas, elas até nem devem ser más pessoas, mas serei mesmo só eu ou elas são mesmo estupidamente irritantes, tal como os temas do programa?

Quero lá saber dos horóscopos, mais do vegetarianismo, mais da homossexualidade...e originalidade pós temas, não? Será que eu preciso mesmo de ouvir mais uma vez a famosa frase "cada um é como é e ninguém tem nada a ver com isso"?

HAJA PACIÊNCIA (que de facto não é mesmo uma das minhas virtudes...)!

terça-feira, setembro 5

Como fazer que uma pessoa se arrependa de algo em três sms

1º sms: Foste ao concerto?

2º sms (meu, em resposta): Oh meu Deus: NÃO! Se foi bom suicido-me já aqui (é que eu pensava q estava a trabalhar e nem me dei ao trabalho de comprar bilhete) e hoje é q percebi que podia ir!

3ºsms (em resposta ao meu): Foi bom! Mas espero k amanhã seja melhor ainda.

E pronto, todo o meu discurso de "ah, eu também já não gosto tanto assim", "que decadência, todos os que lá estão vão ter mais ou menos trinta anos e só me vou lembrar de quão velha estou", e o "espero que não me arrependa de não ir" não serviram de nada.

Bah, bah, BAH!